tag:blogger.com,1999:blog-31561431721197020632024-02-19T16:21:42.837-08:00A Igreja de Nossa Senhora da Lapa de Vila do CondePágina não oficial (em construção)José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.comBlogger20125tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-50723204075626247192018-06-24T05:19:00.003-07:002021-08-23T07:54:41.199-07:00<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 13.5pt; line-height: 115%;">NOVA
EDIÇÃO DO LIVRO SOBRE A IGREJA DE NOSSA SENHORA DA LAPA DE VILA DO CONDE<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 13.5pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: 13.5pt;">Foi
publicada a nova edição do nosso livro sobre a Igreja de Nossa Senhora da Lapa
de Vila do Conde. Acrescenta muita nova informação à edição original e
prolonga-a por mais cem páginas.</span></p></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span><br /></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4D61MdbMnqx3m_4iDlg99F1Ba9L1X9RU4jIGlsX-mO5J9lA_Uj30h1tnIpc3R4VZCfZTNoFBnl9t1LiyhZhPQd-pyJuZMiDfMgr60unljTWxSyeDQbPZjPRToWrEz8TpZPSYGinfnFFM/s829/liv+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="829" data-original-width="569" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4D61MdbMnqx3m_4iDlg99F1Ba9L1X9RU4jIGlsX-mO5J9lA_Uj30h1tnIpc3R4VZCfZTNoFBnl9t1LiyhZhPQd-pyJuZMiDfMgr60unljTWxSyeDQbPZjPRToWrEz8TpZPSYGinfnFFM/w275-h400/liv+2.jpg" width="275" /></a></div><br /><span><br /></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span><br /></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span>PALESTRA SOBRE A HISTÓRIA DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DA LAPA</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">No dia 8 de Setembro próximo, às 22 horas, o autor deste blogue vai proferir
uma palestra sobre a “História da Igreja de Nossa Senhora da Lapa” onde espera
dar uma visão actualizada do que se pode saber sobre esta igreja e a sua
confraria. Fará uma síntese sobre o passado da Capela de São Bartolomeu (que
precedeu a igreja), da vinda à Vila do Pe. Ângelo Sequeira e da nova devoção a
Nossa Senhora da Lapa que ele divulgava, da evolução desta devoção em direcção
à infância de Jesus, da construção da igreja comparando com o que foi feito
nalgumas outras contemporâneas e próximas, dum ou outro dos ex-votos, das
grandes manifestação populares a que esse devoção deu azo na segunda metade do
século XIX e começos do XX, dos benfeitores conhecidos, etc.</span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Esta palestra enquadra-se no âmbito da festa de Nossa Senhora da Lapa. Haverá também uma exposição de fotografias sobre o passado da igreja.</span></span></div>
<br />José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-20187323772983218912018-05-30T07:59:00.001-07:002018-05-30T08:08:52.236-07:00NOVIDADES<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Andamos a actualizar o nosso estudo da Igreja de Nossa Senhora da Lapa de Vila do Conde e temos bastantes e relevantes novidades, não sabemos é ainda quando as colocaremos em linha. É o caso dum documento de 30 páginas, de 1758, que recebemos do ADB, e de outro, só de meia página, da mesma origem, de 1792. No primeiro, pedia-se autorização para benzer a capela-mor renovada de Nossa Senhora da Lapa e São Bartolomeu e no segundo pedia-se autorização para criar um "recolhimento", espécie de asilo, para mulheres e crianças pobres junto à igreja.</span></div>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-38224446787951631442018-01-18T11:22:00.002-08:002018-03-25T12:05:57.724-07:00I – A CAPELA DE SÃO BARTOLOMEU <div>
Vila do Conde teve, e tem, muitas capelas. Uma voltada para
o rio, outra para o mar, capelas junto a antigas estradas, capelas à face de
antigas e movimentadas ruas, capelas em colinas.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<b><br /></b>
<b>A origem</b><br />
<b><br /></b>
Em 26 de Maio de 1466, a câmara mandou limpar o caminho para Barreiros:<br />
<blockquote class="tr_bq">
Item mandaram que sexta-feira, depois do Corpo de Deus, sejam todos juntos os moradores desta vila desde onde mora Lopo Borges para Cima de Vila e também os do termo para se correger o caminho de Barreiros.</blockquote>
Sabendo-se onde ficava Barreiros (junto a Formariz e próximo, para norte, da actual Igreja da Lapa), fica claro que se trata do mesmo caminho que um século mais tarde se identificará como de São Bartolomeu ( “caminho que vai para São Bartolomeu”). Isto é, um século mais tarde já havia a Capela de São Bartolomeu e em 1466 ainda não existia.<br />
Ela deve ter sido construída cerca de 1550, depois da de São Sebastião, que data de 1548.<br />
Era tempo da Contra-Reforma e era tempo em que devia estar a ser reconstruída a parte residencial do Mosteiro de Santa Clara.<br />
A Capela de São Bartolomeu teve a ver com a entrada no termo da Vila para quem vinha de Barcelos, Braga e Guimarães e certamente alguma coisa com a Forca de Barreiros e com o Campo da Cruz que por ali se identificaram.<br />
<br />
<b>Barreiros da Forca e Forca de Barreiros</b><br />
<br />
Em 1258, os homens de Formariz, quando se queixavam do esbulho de terras de que culpavam Vila do Conde, a certa altura, indicaram que o limite de freguesia passava por Barreiros da Forca. Esta referência à forca podia remeter para alguma coisa de muito antigo e por isso não passar de um topónimo sem grande interesse. Mas não era assim.<br />
Cerca de 250 anos depois, em 8 de Novembro de 1502, por altura em que as obras da Matriz estavam em andamento, o “desembargador dos feitos reais” ordenou a construção duma nova forca cujos custos seriam suportados por uma finta sobre os moradores da vila. Ela ficaria “em Barreiros, onde a outra está, e que se faça de pedra, com suas ameias, o melhor que se puder fazer”, diz uma deliberação do dia 14. A obra foi entregue ao mestre pedreiro biscainho Pedro Baião por 3000 reais, mais 100 para cal.<br />
Em 1502, ainda não existiria a capela de São Bartolomeu, mas, depois que se construiu, muitas vezes terão passado em frente dela os cortejos dos sentenciados.<br />
O enforcamento era coisa horrível e o espectáculo deprimente continuava ainda por alguns dias. Porque o fariam ali no limite com Formariz e na principal entrada da Vila por terra?<br />
<div>
<br /></div>
<br />
<b>Os primeiros documentos</b><br />
<br />
No arquivo municipal, conservam-se vários documentos do século XVI que fazem menção de São Bartolomeu, entendendo-se que falam da Capela de São Bartolomeu.<br />
Um dos mais antigos é uma acta de vereação que manda que “não levem nem lavem os bacios no ribeiro de Gamelinhas [1] que está na entrada da vila, vindo de São Bartolomeu”. Estabeleceu-se a pena de cinquenta réis por cada vez para os prevaricadores. O documento tem ao fundo a data de 1560.<br />
Ao cimo, numa espécie de título, diz: “Que não vão lavar os bacios ao ribeiro das Gamelinhas”.<br />
Alguns anos antes, em 1556, já se referia “o caminho que vai para São Bartolomeu, que é na saída desta vila”.<br />
Num outro documento, de 1580, Francisco Gonçalves do Cabo faz entrega de significativa quantia aos vereadores, “em São Bartolomeu, ao marco que divide o termo desta vila com o da vila de Barcelos”, acaso por estar Vila do Conde impedida devido à peste.<br />
Em 10 de Outubro do mesmo ano, duma procuração diz-se que foi passada em São Bartolomeu por impedimento da peste.<br />
<div>
<br /></div>
</div>
<br />
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3w7BIhfyP_f8vlXCTYSucOI2PS2ZeeZzhnh_XbTQzsAyLibOT__pRkHdNhafhpbQX9ubHT7PcjBZY74-YiMDl8nWXdl6WjPwd8h1OzDa25N_RJFEzgF6x3Ij1NbNRwooJACOnxfPV8vE/s1600/P3240202.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="877" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3w7BIhfyP_f8vlXCTYSucOI2PS2ZeeZzhnh_XbTQzsAyLibOT__pRkHdNhafhpbQX9ubHT7PcjBZY74-YiMDl8nWXdl6WjPwd8h1OzDa25N_RJFEzgF6x3Ij1NbNRwooJACOnxfPV8vE/s320/P3240202.JPG" width="175" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<div class="MsoCaption">
<span style="font-size: x-small;"><b>Esta imagem, porventura do séc. XV, deve ter sido a
mais antiga venerada na capela de que aqui se trata e pode ter vindo da Igreja Matriz anterior à actual. Ao fundo do peito possuía
um relicário.</b></span><o:p></o:p></div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvis6Fyg8tsza3hHeEvixr2QQH7wydMoX8m2FtUxSA41Q11xg8NzfcP9fgXq57rUt1kbN_Y3Z6l9HQmFp7MCo1I04qh7qXqJAovMj8p42gZxkiyIy4u8TGHuBdmC8STVh6JIs4Bn5dK8U/s1600/P3260258+1560+bacios+gamelinhas+s%25C3%25A3o+bertolameu+b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1518" data-original-width="1600" height="303" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvis6Fyg8tsza3hHeEvixr2QQH7wydMoX8m2FtUxSA41Q11xg8NzfcP9fgXq57rUt1kbN_Y3Z6l9HQmFp7MCo1I04qh7qXqJAovMj8p42gZxkiyIy4u8TGHuBdmC8STVh6JIs4Bn5dK8U/s320/P3260258+1560+bacios+gamelinhas+s%25C3%25A3o+bertolameu+b.jpg" width="320" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<div class="MsoCaption">
<span style="font-size: x-small;"><b>Termo camarário de 1560 para “que não vão lavar os bacios
ao ribeiro das Gamelinhas”. As duas últimas palavras antes das assinaturas
dizem “São Bertolameu” (São Bartolomeu). A concluí-lo, lê-se a indicação do ano.</b></span><o:p></o:p></div>
</div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> Ainda
há uns 60 anos se lavava roupa nesse ribeiro.</div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-18777242820966102842018-01-18T11:15:00.001-08:002018-01-18T11:53:43.272-08:00<div class="MsoNormal">
<b><o:p> </o:p><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc445207451">O PE. MANUEL ÁLVARES, RESTAURADOR
DA CAPELA DE SÃO BARTOLOMEU</a></b></div>
<h2 style="margin-right: 92.1pt;">
<o:p></o:p></h2>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Já se viu que o Pe. Manuel Álvares reedificou a Capela de
São Bartolomeu. Ignora-se a data do seu nascimento, mas sabe-se que em 13 de
Julho de 1614, quando foi recebido como irmão da Santa Casa da Misericórdia,
morava na Rua de São Bartolomeu. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O Pe. Manuel Álvares faleceu em 1652, de “morte apressada”,
sem ter ocasião para fazer testamento. Há a tradição de que a sua morte terá
resultado duma queda talvez do cimo do tecto da capela.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Este sacerdote está sepultado do lado sul da Igreja da Lapa.
No seu assento de óbito escreveu-se:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Nos oito dias do mês de Agosto de
mil seiscentos e cinquenta e dois anos faleceu o Pe. Manuel Álvares com o
sacramento de Santa Unção somente por falecer de morte apressada e estar
incapaz dos mais sacramentos. Diz o encomendado Agostinho Fernandes não fez
testamento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Veja-se
o mesmo assento na grafia original:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">“Em os oito dias do mes de Aguosto de mil seis centos
e sinquoenta e dous annos faleceo o p.e Manoel Alz com o sacramento de Santa
Ounçam som.te por falecer de morte apressada e estar incapax dos mais
sacramentos dis o encomendado Agus.tho fes. não fes testamento”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Na
margem esquerda ainda se lê:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">“Fes hum off.o de clériguos e hum de des e dous de
nove.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">O P.e M.el Alz”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Curioso
que o autor desta nota lateral tenha o nome do falecido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
Em 1721, o prior vila-condense escreveu que em São Bartolomeu
estava sepultado “um sacerdote de boa opinião, chamado Manuel Álvares”. Esta
observação é bastante mais importante do que parece uma vez que viveram na Vila
muitos sacerdotes concubinários e que por isso não mereceram boa opinião.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">O
Sumário das Indulgências</span></b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na sacristia da Igreja da Lapa, conserva-se uma pauta de
indulgências concedida pelo papa Urbano VIII: deve vir do séc. XVII e as
indulgências foram obtidas em tempo do Pe. Manuel Álvares e com certeza por seu
empenho<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><sup><!--[if !supportFootnotes]--><sup><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></sup><!--[endif]--></sup></a>. É
um documento que demonstra grande zelo da parte de quem actuou para que fosse
concedido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O Sumário das Indulgências concedidas aos confrades da
“Confraria do Glorioso Apóstolo São Bartolomeu” é um generoso documento dum
tempo em que as pessoas apostavam muito no sufrágio dos mortos; ora estas
indulgências dispensavam-no ao menos em parte. Há-de ter tido um efeito muito
marcante no aumento do número dos irmãos e nas visitas à capela.<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
Embora dê relevo à Confraria de São Bartolomeu, já fala em
Nossa Senhora, São Lourenço e São Matias.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Deve tratar-se mesmo dum sumário, da versão resumida dum
documento maior vindo com certeza em latim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<b>Sumário das Indulgências concedidas aos confrades da Confraria do
Glorioso Apóstolo São Bartolomeu desta Vila do Conde por autoridade do nosso
mui Santo Padre Urbano VIII, nosso senhor, ora na Igreja de Deus Presidente.</b><b> <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Primeiramente, todo o fiel
cristão, homem ou mulher, que entrar nesta Confraria do Glorioso Apóstolo São
Bartolomeu, no primeiro dia da sua entrada, se verdadeiramente arrependidos de
seus pecados, confessados e comungados, alcançam indulgência plenária e
remissão de todos os seus pecados. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Concede Sua Santidade aos
confrades da dita confraria, assim aos que são como aos que adiante forem, que
no artigo da morte, se verdadeiramente confessados e comungados e arrependidos
de seus pecados, ou se o não puderem fazer, ao menos, contritos, invocarem o
Santíssimo Nome de Jesus com a boca ou com o coração, lhes concede Sua Santidade
indulgência plenária de seus pecados.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Sua Santidade concede a todos os
confrades e consorores que são ou forem, que, verdadeiramente confessados e
comungados, visitarem a Igreja do Glorioso Apóstolo São Bartolomeu<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
das primeiras vésperas até ao sol-posto do mesmo dia, em todos os anos, e aí
rogarem a Deus pela concórdia dos príncipes cristãos e pelas extirpações das
heresias e pela exaltação da Santa Madre Igreja, e semelhantemente indulgência
plenária e remissão de todos seus pecados.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Outrossim concede Sua Santidade
aos confrades que verdadeiramente confessados e comungados visitarem a mesma
Igreja do Glorioso Apóstolo nos dias da festa da Assunção e Anunciação de Nossa
Senhora e do Glorioso Mártir São Lourenço e do Apóstolo São Matias, des(de) as
primeiras vésperas até ao sol-posto dos mesmos dias, indulgência plenária e remissão
de todos seus pecados.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Todas as vezes que estiverem às
missas ou outros ofícios divinos que se celebrarem, ou em público ou em
particular, por <i>(palavra ilegível) </i>via
feitos ou derem pousada aos pobres ou compuserem pazes entre os inimigos ou também
aqueles que acompanharem os corpos dos defuntos às sepulturas ou quaisquer
procissões que se fazem de licença do ordinário e acompanharem ao Santíssimo
Sacramento, assim nas procissões como quando o levam aos feridos que estando
impedidos, dado o sinal para isso da campana, disserem uma vez o Pai-Nosso e
Ave-Maria ou também rezarem um Pai-Nosso e Ave-Maria pelas almas do Purgatório
e dos confrades defuntos ou encaminharem alguém que vá desencaminhado ao
caminho da salvação e ensinarem os preceitos de Deus aos ignorantes ou excitarem
<i>(exercitarem) </i>outra qualquer outra
obra pia e todas as vezes por qualquer das ditas obras lhes relaxa Sua
Santidade sessenta dias de perdão e penitência a ele <i>(palavra ilegível) </i>impostas ou por outro qualquer modo devidas na forma
costumada da Igreja.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Estas indulgências quer Sua
Santidade que valham para sempre.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgExyTk9gnAc5v82IQCSo5UDtZRiPPGcAfRFkZjLnIhiXR698DdRbyHBfxkZPs3wOXzgnRALbpdmVx1aDHZP_kxhYYcCEqz5tmzhSW6ri9HweUBVisz6oXJ3K0rIIsIwIQtYa5UkMbgah8/s1600/p+m+%25C3%2581lvares.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="329" data-original-width="844" height="124" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgExyTk9gnAc5v82IQCSo5UDtZRiPPGcAfRFkZjLnIhiXR698DdRbyHBfxkZPs3wOXzgnRALbpdmVx1aDHZP_kxhYYcCEqz5tmzhSW6ri9HweUBVisz6oXJ3K0rIIsIwIQtYa5UkMbgah8/s320/p+m+%25C3%2581lvares.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Assento de óbito do Pe. Manuel
Álvares.</div>
<div class="MsoCaption" style="margin-left: 35.4pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh2gf3oAgrNbANWN1vssreXMB2KHMciOP66VR4_L2Z0s_5CxNDmJdDgdzhsB4nE7pcCA_y1QV3QPmNY3wiKfjHrfklOtkAWoXmPzTTjrfqPshU-txL39m8uUoTDlUDWW-s930LfxhX6Z4/s1600/P2030005.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1245" data-original-width="1600" height="249" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh2gf3oAgrNbANWN1vssreXMB2KHMciOP66VR4_L2Z0s_5CxNDmJdDgdzhsB4nE7pcCA_y1QV3QPmNY3wiKfjHrfklOtkAWoXmPzTTjrfqPshU-txL39m8uUoTDlUDWW-s930LfxhX6Z4/s320/P2030005.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoCaption">
Campa do Pe. Manuel Álvares junto à parede sul da Igreja de
Nossa Senhora da Lapa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdxZutVNDelVeuYNaPL1zx4j2Bu_N1NoWve43TzPcptFDEn8Cb6zKYEORe1y8UkLtCjNXo0y5TCtrkM_1KBbsuSqJ-iSdXX3ifFsl44x_6VarsgB-uRxC4SALAKrhuNFYdjECQl7slpKE/s1600/papa+Urbano+VIII.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="276" data-original-width="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdxZutVNDelVeuYNaPL1zx4j2Bu_N1NoWve43TzPcptFDEn8Cb6zKYEORe1y8UkLtCjNXo0y5TCtrkM_1KBbsuSqJ-iSdXX3ifFsl44x_6VarsgB-uRxC4SALAKrhuNFYdjECQl7slpKE/s1600/papa+Urbano+VIII.jpg" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span class="LegendaCarcter"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="LegendaCarcter"><span style="line-height: 115%;">Retrato do Papa Urbano VIII. Urbano VIII foi papa entre desde 1623 a
1644, em tempo por isso do Pe. Manuel Álvares.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOvxbaGS3wfO5y4EGqwRjlnKpZ7rm049WpaRWu6GWFO1Dw2flZojT6Ublb41Eq9Porz6m1km2ZTaRZ9rehoS24ek15LaF4XsLWQEso-yZm3u1Nt2jjsPQjCIg6WbQnjHWanRSyWeU8Xx0/s1600/P3240212+b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="949" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOvxbaGS3wfO5y4EGqwRjlnKpZ7rm049WpaRWu6GWFO1Dw2flZojT6Ublb41Eq9Porz6m1km2ZTaRZ9rehoS24ek15LaF4XsLWQEso-yZm3u1Nt2jjsPQjCIg6WbQnjHWanRSyWeU8Xx0/s320/P3240212+b.jpg" width="189" /></a></div>
<span class="LegendaCarcter"><span style="font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> </span></span> </div>
<div class="MsoCaption">
Este Sumário de Indulgências e a tábua da Lenda da
Berengária, em Santa Clara, foram com certeza escritos pelo mesmo artista no século
XVII.<o:p></o:p></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> O
artista que escreveu na madeira este documento foi com certeza o mesmo que
escreveu a “tábua” da Lenda da Abadessa Berengária que se conserva no Mosteiro
de Santa Clara.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> Não
era propriamente igreja, mas uma pequena capela.<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-68540292856580625442018-01-18T11:14:00.005-08:002018-01-21T10:48:50.046-08:00<div class="MsoNormal">
<b>A RUA DE SÃO BARTOLOMEU</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Em tempos antigos a Rua de São Bartolomeu era o principal
acesso à Vila por terra. Quando o seu porto foi muito movimentado, por ela
circulavam necessariamente muitas das mercadorias que eram exportadas ou
chegavam de fora. Barcelos, Braga, Guimarães seriam destinos principais. Também
por lá passavam as pessoas quando iam para a ponte d’Ave para seguirem para o
Porto.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Nos livros da décima<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Conservam-se uns livros antigos destinados a registar, ano
atrás de ano, quem devia pagar o imposto da décima e a respectiva quantia. O
registo começava a ser feito na Rua de S. Bartolomeu. Isto é, era com as casas
desta rua e seus donos que durante dezenas e dezenas de anos eles se iniciavam.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Igualmente o Prior Falcão, na memória paroquial, iniciou a
lista das capelas da Vila pela de São Bartolomeu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Esta tradição devia conservar memória de tempos muito
antigos, de quando a câmara e por isso igualmente o centro da Vila ficavam na
Praça Velha. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A Rua de S. Bartolomeu ia apenas dos arredores do aqueduto
para poente; mas era uma rua bastante habitada. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Entre o aqueduto e a Igreja da Lapa, haveria apenas uma ou
outra casa ou nenhuma. Esta igreja ficava “fora” da Vila, como outros lugares
rurais do pequeno concelho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Mais do que homenagear o apóstolo S. Bartolomeu, com a
atribuição do seu nome à actual Rua da Lapa, indicava-se uma direcção, a
direcção da Capela de São Bartolomeu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Documentos mais recentes mencionam um pequeno lugar da Lapa,
junto à igreja.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>A Capela de Sebastião,
a Casa de São de Sebastião, a Rua de S. Sebastião e o Largo de São Sebastião<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A Rua de São Bartolomeu terminava junto à Capela de São
Sebastião, que ficava onde hoje se identifica o Largo de S. Sebastião. Este
santo também dava nome a uma rua, a Rua de S. Sebastião, que devia vir de sul,
do lado do rio, a uma travessa, que corresponderia porventura ao começo da
actual Rua das Mós, e a uma casa, a Casa de São Sebastião.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Da capela de São Sebastião o Prior Falcão diz apenas que
nela se venerava a imagem do padroeiro e que era da administração da câmara.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A imagem de S. Sebastião foi levada da sua capela para a
Igreja do Convento dos Carmelitas em 1836 – quando já não havia carmelitas em
Vila do Conde. A partir desta data, na capela passou a venerar-se Santa Ana.
Quando se pensou em abrir a estrada nova que vinha do Porto para a Póvoa, a Capela
de Santa Ana foi demolida e os seus “pertences” foram levados para a que então
se construiu no Cemitério e que foi benzida em 1859. Assim, quer o retábulo do
altar-mor quer as imagens dos altares laterais estão lá.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">A Casa de São Sebastião<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Até recentemente, a casa onde actualmente está o Centro de
Memória era identificada como a Casa de São Sebastião. O nome vinha-lhe
naturalmente da capela que havia em frente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Embora desconheçamos inteiramente o contributo que os seus
sucessivos donos deram para a devoção desenvolvida em S. Bartolomeu e depois na
Igreja da Lapa, é de crer que não tenham ficado alheios a ela.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O seu mais antigo proprietário conhecido foi Manuel Azevedo
e Ataíde, comendador da Ordem de Cristo. Como em 1672 a vendeu a João Carneiro
Rangel, cavaleiro do hábito de Cristo, foi contemporâneo do Pe. Manuel Álvares
que restaurou a Capela de São Bartolomeu. Faleceu em 1677.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O proprietário seguinte foi Francisco Carneiro de Sotomaior,
capitão-mor e cavaleiro da Ordem de Cristo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A casa passou depois para João Carneiro Rangel de Sotomaior,
que faleceu em 1738, herdando-a sua filha bastarda Maria Joana Carneiro Rangel
de Sotomaior, que casou com Luís Inácio Pereira Coutinho de Vilhena, governador
do Castelo de Vila do Conde. Este casal é assim coevo da construção da Igreja
da Lapa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Possuiu a seguir a casa José Pereira Coutinho de Vilhena,
nascido em 1750, que casou com Luísa Casimira de Lira e Vasconcelos, senhora do
Paço de Briteiros, concelho de Guimarães.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O herdeiro de José Pereira Coutinho de Vilhena foi António
Pereira Coutinho de Vilhena Carneiro Rangel, tenente-coronel de milícias de
Vila do Conde, que faleceu em 1842, sem filhos legítimos, sucedendo-lhe o irmão
Luís Pereira Coutinho de Vilhena Carneiro Rangel de Vasconcelos. A casa esteve
ainda na posse de duas irmãs destes até ser vendida, em 1856, ao Dr. José
Joaquim de Figueiredo de Faria, a quem sucedeu Jorge Brandão Figueiredo de
Faria<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Largo de São
Sebastião<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Depois que foi demolida a capela que fora de São Sebastião,
depois que se mudaram os nomes da Rua e Travessa de São Sebastião, depois que à
Casa de São de São Sebastião se retirou o painel que a identificava como tal,
só a breve indicação toponímica de Largo de São Sebastião conserva memória da
capela que ali houve.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"> </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;"> </span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYQ5Wn7PDVkqvyTPc9COltxaeg91HYW7jPpEUzKp2oeRYtWPzJtQS2WwTHTNS1380Tj4RTr317dq10v3j3ANRHT_Vl6ONg4-kHPHjvRWmznlpo-vzxg6CZUxiEyHolg9cHePCHbFb9Tvc/s1600/P1040250.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1433" data-original-width="1600" height="286" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYQ5Wn7PDVkqvyTPc9COltxaeg91HYW7jPpEUzKp2oeRYtWPzJtQS2WwTHTNS1380Tj4RTr317dq10v3j3ANRHT_Vl6ONg4-kHPHjvRWmznlpo-vzxg6CZUxiEyHolg9cHePCHbFb9Tvc/s320/P1040250.JPG" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Os “pertences” da capela que tinha sido de S. Sebastião
foram depois utilizados na capela que se encontra no Cemitério. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbiqGgVuvwdVASBfeYC_anTzF0keps3ANxjPjuKe7QWVf69Ab3NY-O0aAkMV-oRj6v1_eyaZIFPAT5u8gGqXDSCVZK61NmUoI0q8J7bij0VVy3jfRiPDz3oCqYTx65e1ttW1p1bd6MdEU/s1600/P4130212+c.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="883" data-original-width="1600" height="176" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbiqGgVuvwdVASBfeYC_anTzF0keps3ANxjPjuKe7QWVf69Ab3NY-O0aAkMV-oRj6v1_eyaZIFPAT5u8gGqXDSCVZK61NmUoI0q8J7bij0VVy3jfRiPDz3oCqYTx65e1ttW1p1bd6MdEU/s320/P4130212+c.JPG" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Antiga Casa de São sebastião como a conhecemos hoje. Ao
tempo da construção da Igreja da Lapa era possuída por Luís Inácio Pereira
Coutinho de Vilhena, governador do Castelo de Vila do Conde. Há um assento de
baptismo de 5 de Julho de 1867 em que é padrinho por procuração o “bacharel
José Joaquim Figueiredo de Faria, morador na Rua da Senhora da Lapa”. Tinha
adquirido esta casa dez anos antes e deve tê-la reconstruído quando já havia a
estrada para a Póvoa a que hoje se chama Rua 5 de Outubro. A casa aparenta
grande uniformidade de estilo. José Joaquim Figueiredo de Faria, advogado, foi
administrador do concelho, presidente da câmara e deputado.<o:p></o:p></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> Na
casa fronteira à de São Sebastião também viveram nobres.<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-11839902740456494952018-01-18T11:14:00.003-08:002018-01-21T10:49:11.098-08:00<h2>
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc503881164"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc445207452"></a>A PRIMEIRA LAPA</span><o:p></o:p></h2>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><br /></b>
<b>As três Lapas</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na memória paroquial o Prior de Vila do Conde pareceu dar a entender
que a invocação da Senhora da Lapa era recente na Capela de São Bartolomeu, mas
uma referência documental de 1738 já associa esta capela à Senhora da Lapa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O mesmo nome de lapa, porém, aponta para três fases de devoção
diferentes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A primeira seria a que precedeu a pregação do Pe. Ângelo de Sequeira,
a segunda a que se seguiu a ela e a terceira a que sucedeu à anterior, depois
que foi esquecida a pregação daquele sacerdote.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Chamamos-lhes <i>as três
Lapas</i><a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A primeira teve necessariamente origem em Sernancelhe, fonte
donde se espalhou essa devoção por Portugal e colónias e mesmo para Espanha.
Nessa divulgação teve lugar especial a pregação dos jesuítas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A segunda, que explanaremos à frente, deve-se, como foi
dito, ao Pe. Ângelo Sequeira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A terceira caracteriza-se por identificar a lapa com a Lapa
de Belém, do Presépio, com a consequente devoção ao Deus-Menino e à Sagrada
Família.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>A primeira Lapa<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Copiamos do <i>site</i>
do Santuário da Lapa em Sernancelhe a lenda que terá originado a devoção à
Senhora da Lapa:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Diz a lenda que, em 1498, uma
pastorinha de doze anos, de nome Joana, muda de nascença, introduzindo-se por
entre as fendas das rochas encimadas pela grande lapa, aí encontrou uma linda
imagem da Virgem, que ali teria sido escondida há mais de quinhentos anos por
umas religiosas fugindo a uma perseguição.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
A devoção e todo o carinho que a
menina dedicou à imagem valeram-lhe uma especial protecção da Virgem que por
milagre lhe concedeu o dom da fala.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Depressa se divulgou o milagre,
originando uma crescente afluência de peregrinos jamais interrompida até aos
dias de hoje.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Os primeiros devotos prepararam
uma gruta debaixo da lapa, onde entronizaram a imagem, construindo ao lado uma
pequena ermida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Em 1576, a Lapa foi confiada aos
Padres da Companhia de Jesus, sediados no Colégio de Coimbra. Estes
construíram, então, o actual Santuário, abrigando a penedia no seu interior. Em
1685 iniciaram a construção do "Colégio da Lapa", contíguo ao
Santuário.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Daqui partiu a devoção para os
mais variados pontos do país e do mundo, chegando à Índia e ao Brasil. Esta
expansão foi facilitada pela actividade missionária dos mesmos Padres Jesuítas,
aos quais estava confiado este Santuário.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
A Senhora da Lapa, em Portugal, e
Santiago de Compostela, na Espanha, chegaram a ser, em tempos, os dois
Santuários mais importantes da Península Ibérica.<o:p></o:p></div>
<br />
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYYpqtlj2_AMxDSDD1PiZDhDpbiFjA-XBMY6IWsXHjWUj2twVfZyeBYyAQ4jTVxNe9J88c8jBVLUv8QiIUwMO8oGFpne9d7xpxYy5J72kL73Ft-v7pFLc2vs6Zf_9ulrweMhQz1kU9HVg/s1600/P2250149.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="771" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYYpqtlj2_AMxDSDD1PiZDhDpbiFjA-XBMY6IWsXHjWUj2twVfZyeBYyAQ4jTVxNe9J88c8jBVLUv8QiIUwMO8oGFpne9d7xpxYy5J72kL73Ft-v7pFLc2vs6Zf_9ulrweMhQz1kU9HVg/s320/P2250149.JPG" width="154" /></a></div>
<div>
</div>
<div>
<div class="MsoCaption">
Outra imagem de São Bartolomeu. A cruz pretende indicar que
este apóstolo foi martirizado por crucifixão. Esta imagem deve ser a que
precedeu a actual e por isso do tempo da colocação da talha neoclássica.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3e-CaaUm7FP61nAke9umLUwBj7z72BBvGaatmM0AX_B5nbb-KAEUyO6uX9W9hDHzIaqHEzbpt1gAMFNv3DK6UhoaD-6-npCUZz6QhNJ-VpN2seIBRmIQ6MspZkJhemjOIpiq4k3mt-Ec/s1600/P3240223+hic.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1150" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3e-CaaUm7FP61nAke9umLUwBj7z72BBvGaatmM0AX_B5nbb-KAEUyO6uX9W9hDHzIaqHEzbpt1gAMFNv3DK6UhoaD-6-npCUZz6QhNJ-VpN2seIBRmIQ6MspZkJhemjOIpiq4k3mt-Ec/s320/P3240223+hic.JPG" width="229" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoCaption">
Página de rosto dum
Missal Romano da Lapa de 1726.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTb8NenduJTonaS4EsZTJdwWKWd-gtvHVuWVO0drmGnOBt9P2FinrC3xBC5bFB0HmxCYkNqZOPWoDYVhPgwhyYovmbZBk3GA3gCfjBppCLdrt7YR1ArDJi-pUQl36Ucr8KBmP3wnlZxZU/s1600/lintel+lapa.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="745" data-original-width="1600" height="149" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTb8NenduJTonaS4EsZTJdwWKWd-gtvHVuWVO0drmGnOBt9P2FinrC3xBC5bFB0HmxCYkNqZOPWoDYVhPgwhyYovmbZBk3GA3gCfjBppCLdrt7YR1ArDJi-pUQl36Ucr8KBmP3wnlZxZU/s320/lintel+lapa.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoCaption">
O lintel desta porta tem a data de 1739. A casa, na actual
Rua da Lapa, pertencia a Formariz, mas ficava próxima da antiga Capela de São
Bartolomeu.<o:p></o:p></div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Segundo o dicionário, lapa tem entre outros estes significados: “pequena gruta
ou cavidade aberta na rocha” e ainda “laje que, sobressaindo, forma debaixo de
si um abrigo natural”. São estes os significados a atribuir à palavra quer se
pense em Sernancelhe quer na lapa do Presépio.<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-71272740918414753112018-01-18T11:14:00.001-08:002018-01-21T10:49:24.264-08:00<h2>
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc503881165"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc445207453"></a>O RETÁBULO JOANINO</span><o:p></o:p></h2>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br />
Em 31 de Dezembro de 2017, dia da Sagrada Família, foi
apresentado ao público o retábulo joanino restaurado que se conserva na
sacristia da Igreja da Lapa.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Este retábulo pertenceu à Capela de São Bartolomeu de que
resultou, por reconstrução de raiz e ampliação, a actual igreja. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
É fácil verificar que se trata dum produto de talha joanina<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.
Daí a datar a sua execução com uma aproximação bastante grande é um passo
curto. De resto, existem na Vila outros retábulos do mesmo estilo e cujas datas
de colocação se conhecem (1734-35).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
É posterior ao da Capela de São Sebastião, que era de mais
qualidade<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Apresentamo-lo aqui como se encontrava
antes do restauro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjnBfsv1ZfERbbCXtguL_51QNsPMWkOco3HEWVWy_yhRL4KVAgZDhdhv_UpHQmjtpdB1VG0rzp5cau1HlL-V1SWMXmhhRKod7FCPYUKHfbZsVsjgZpGKmaM5_nHovrQ1aU2gbZINil3N0/s1600/ret%25C3%25A1bulo+cap.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjnBfsv1ZfERbbCXtguL_51QNsPMWkOco3HEWVWy_yhRL4KVAgZDhdhv_UpHQmjtpdB1VG0rzp5cau1HlL-V1SWMXmhhRKod7FCPYUKHfbZsVsjgZpGKmaM5_nHovrQ1aU2gbZINil3N0/s320/ret%25C3%25A1bulo+cap.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoCaption">
Retábulo joanino da sacristia da Igreja da Lapa antes recente restauro.</div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGn7AMs-CX8vMDCM0kpVMathk12VrZ8EVOOHkaZ6YJ7cvU6RKp8E4ZNWtQqA-5c8PpqjWFhPH3Qc3MooqhqVBXNLOxv6c1nlwdiUcJKwA-ueVvOMB5wKPTTEdc812UTP6YmDBzjz5zrcE/s1600/P2250150.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="888" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGn7AMs-CX8vMDCM0kpVMathk12VrZ8EVOOHkaZ6YJ7cvU6RKp8E4ZNWtQqA-5c8PpqjWFhPH3Qc3MooqhqVBXNLOxv6c1nlwdiUcJKwA-ueVvOMB5wKPTTEdc812UTP6YmDBzjz5zrcE/s320/P2250150.JPG" width="177" /></a></div>
Esta coluna salomónica, com trepadeiras de rosas e
capitéis coríntios, tem nítidas semelhanças com as colunas joaninas dos retábulos
laterais da Matriz.</div>
<div class="MsoCaption">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvj_XvtqroLzbm7ljnp3dUc1ucoEQ4TYLCzyEWUy_FoG5KE9QKmG3Vour6ut6Nhz3ZfJ-QYobHoDmuA1x7aAq1raS5ckjYz1VFVtd3JNuh2yUlfPRpzEoqznt4WbVs2X-Y2w6qprQxqB4/s1600/P2250152+atlante.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1284" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvj_XvtqroLzbm7ljnp3dUc1ucoEQ4TYLCzyEWUy_FoG5KE9QKmG3Vour6ut6Nhz3ZfJ-QYobHoDmuA1x7aAq1raS5ckjYz1VFVtd3JNuh2yUlfPRpzEoqznt4WbVs2X-Y2w6qprQxqB4/s320/P2250152+atlante.JPG" width="256" /></a></div>
Um atlante do retábulo joanino.<o:p></o:p></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> O
adjectivo <i>joanino</i> relaciona-se com o
rei D. João V, que ocupou o trono de 1707 a 1750.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> É
estranho que, em 1758, a capela estivesse em ruína sendo o retábulo tão
recente.<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-53054668795697622762018-01-18T11:13:00.007-08:002018-01-21T10:47:02.992-08:00II – A IGREJA DE NOSSA SENHORA DA LAPA <h2 align="left" style="margin-right: 72.2pt;">
<span style="font-size: small;">O
PE. ÂNGELO DE SEQUEIRA E A SEGUNDA LAPA</span><o:p></o:p></h2>
<div class="MsoNormal">
<br />
A grandiosidade e a excelência artística da Igreja da
Lapa sempre foram reconhecidas, mas recentemente esta igreja pôde ser melhor
compreendida e avaliada. Um incontornável nome para se chegar a essa
compreensão é o do Pe. Ângelo de Sequeira.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Antes do Pe. Ângelo
de Sequeira<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em anos relativamente próximos da construção da Igreja da
Lapa e em tempo do Prior Falcão, tiveram lugar em Vila do Conde algumas
pregações de grande impacto, as chamadas missões. Quem disso informa é
Franquelim Neiva Soares<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Em 23 de Setembro de 1742
dirigiram-se do Colégio de S. Paulo, em Braga, para <i>Vila do Conde</i> Fr. Inácio Duarte, o Irmão Cládio Fiúza e Manuel
Torres, iniciando, nesta vila, no princípio <i>com
retumbante proveito espiritual</i>, uma missão pelas vinte e três freguesias
arquidiocesanas limítrofes da Diocese do Porto, a qual se concluiu em 30 de
Dezembro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No ano seguinte, esteve em Vila do Conde, também em missão,
o espanhol Pe. Pedro Calatayud (Navarra, 1 de Agosto de 1689 - Bolonha, 27 de
Fevereiro de 1773), que já obtivera grande êxito no seu país. O Arcebispo
mandou mais tarde traduzir os dois volumes das suas <i>Doutrinas Práticas</i> e fê-los distribuir por todas as paróquias da
diocese nos anos de 1749 e 1750.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Quem era o Pe. Ângelo
de Sequeira?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em termos de eficácia prática, porém, a pregação do Pe. Ângelo
de Sequeira terá superado a dos missionários que o precederam.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Já dissemos que a que chamamos segunda Lapa nasceu da sua
pregação e dos livros deste sacerdote que era cónego da Sé de São Paulo e nascido
nessa diocese em 1707<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Por meados do século esteve em Portugal. Aqui solicitou e
obteve cartas de missionário apostólico e com elas percorreu por alguns anos as
províncias do reino e parte das de Espanha, pregando a penitência e fazendo
numerosas conversões. Voltou por fim ao Brasil e fundou na província de S.
Paulo o Seminário de Nossa Senhora da Lapa, falecendo com opinião de grande
virtude no Rio de Janeiro a 7 de Setembro de 1775.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Encontram-se em linha duas obras suas: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Botica preciosa e thesouro precioso da Lapa, em que como
em botica e thesouro se acham todos os remedios para o corpo, para a alma e
para a vida</i>. <i>É uma receita da vocação dos Santos para remedio
de todas as enfermidades, </i>Lisboa, 1754; com 4 estampas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Livro do vinde e vêde, e do sermão do dia do juizo universal,
em que se chama a todos os viventes para virem e vêrem umas leves sombras do
ultimo dia, o mais tremendo e rigoroso do mundo, </i>Lisboa, 1758.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>O Pe. Ângelo de
Sequeira no norte de Portugal<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Prof. Francisco Ribeiro da
Silva tem em linha dois trabalhos sobre a origem da Igreja de Nossa Senhora da
Lapa, no Porto: <o:p></o:p></div>
<div align="left" class="MsoNormal">
“Os Primórdios da
Irmandade de Nossa Senhora da Lapa” (https://www.yumpu.com/pt/document/view/13678726/1-os-primordios-da-irmandade-de-nossa-senhora-da-hospital/5)
e <o:p></o:p></div>
<div align="left" class="MsoNormal">
“A Igreja da Lapa: Arte,
Culto e História” (http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/56891/2/ribeirodasilvaigreja000139963.pdf).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Foi neles que encontrámos a melhor síntese sobre a acção do
Pe. Ângelo de Sequeira no Porto e na Diocese de Braga. Escreve o autor a certa
altura, no primeiro destes trabalhos, referindo-se ao ano de 1756 ou 1757 e à
campanha de pregação que o missionário brasileiro então empreendeu:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Entretanto, movido pelo desejo de
espalhar pelo Reino o culto a Nossa Senhora da Lapa e talvez de angariar fundos
para a construção da Igreja <i>(da Lapa, no
Porto)</i>, o Missionário pôs os pés ao caminho, dirigindo-se para Azurara, <i>Vila do Conde</i>, Esposende, Viana da
Castelo, Ponte de Lima, Braga, Guimarães, inscrevendo grande cópia de Irmãos e
juntando uma boa ajuda pecuniária que entregou na Mesa Administrativa:
1.521$170 réis! Como o Missionário se fazia acompanhar de um livro para registo
dos novos irmãos e como alguns (talvez a totalidade) desses livros se encontram
no Arquivo da Irmandade, mostra-se possível, se necessário, reconstituir esse
périplo do Fundador e a expansão da Irmandade da Lapa pelo Norte de Portugal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Pe. Ângelo de Sequeira esteve assim em Vila do Conde e
certamente não resistiu a visitar a Capela da Lapa<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>A excelência da
invocação de Nossa Senhora da Lapa<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Na página cinco da <i>Botica
Preciosa</i>, o Pe. Ângelo de Sequeira pronuncia-se assim sobre a importância
da invocação de Nossa Senhora como Senhora da Lapa:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<span style="letter-spacing: .3pt;">É
Maria Santíssima a verdadeira Botica Preciosa, o verdadeiro Tesouro: tudo nos vem
por suas mãos, como diz São Bernardo – <i>omnia
per manus Mariae<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; letter-spacing: 0.3pt; line-height: 115%;">[4]</span></b></span><!--[endif]--></span></a></i>. Finalmente é um
tudo para tudo – <i>omnibus omnia facta est<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; letter-spacing: 0.3pt; line-height: 115%;">[5]</span></b></span><!--[endif]--></span></a></i>.
Ela é que nos livra de todos os perigos: <i>Sed
a periculis cunctis libera nos semper, Virgo gloriosa et benedicta!<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; letter-spacing: 0.3pt; line-height: 115%;">[6]</span></b></span><!--[endif]--></span></a></i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; tab-stops: 122.25pt;">
<span style="letter-spacing: .3pt;">E, como nas boticas se acha a variedade de remédios,
vai nesta uma receita dos santos advogados para todas as enfermidades para
qualquer enfermo escolher a que mais lhe agradar; e saiba que, sobre todas as
receitas e vocações, <i>é Nossa Senhora da
Lapa a principal advogada para todas as enfermidades corporais e espirituais</i>.
E assim, com estilo breve, direi alguns prodígios que Ela tem obrada para
afervorar a devoção dos devotos que se fizeram valer dos remédios desta Botica
Preciosa da Lapa e utilizar-se deste Tesouro Precioso da Lapa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; tab-stops: 122.25pt;">
<span style="letter-spacing: .3pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
O que conta a seguir, passado consigo e com os fiéis que em
Portugal e Brasil o ouviram, é impressionante. E de facto impressionou
profundamente. E por isso multiplicaram-se os locais de culto onde se veneravam
imagens da Senhora da Lapa esculpidas a partir da imagem bidimensional do livro
ou do seu original tridimensional.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Qual era a Lapa do
Pe. Ângelo de Sequeira?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O autor não aduz qualquer justificação para a sua afirmação
de que Nossa Senhora da Lapa é<i> a
principal advogada para todas as enfermidades corporais e espirituais<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[7]</span></b></span><!--[endif]--></span></a></i>
e não identifica a Lapa a que se refere: não fala em nenhuma, nem na de
Sernancelhe nem da do presépio<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Embora as primeiras palavras da <i>Botica Preciosa</i> (após a dedicatória, prólogo, licenças e índice)
sejam Jesus, Maria e José, ele fixa-se sobretudo na sua imagem milagrosa de
Nossa Senhora da Lapa, e essa nada tem a ver com a infância de Jesus nem com
Sernancelhe.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Duas saudações a
Nossa Senhora<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
As duas belas saudações a Maria que se seguem são reproduzidas
da <i>Botica Preciosa</i> e seriam com
certeza uma parte significativa da pregação do missionário brasileiro. São saudações,
mas resultam em panegírico.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Saudação a Maria<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, serva da
Santíssima Trindade, humilíssima!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, Filha do
Eterno Pai, santíssima!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, Esposa do
Espírito Santo, amabilíssima!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, Mãe de
Nosso Senhor Jesus Cristo, digníssima!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, irmã dos
Anjos, formosíssima!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, promessa
dos Profetas, gloriosíssima!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, Mestra dos
Evangelistas, verdadeiríssima!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, Doutora
dos Apóstolos, prudentíssima!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, Consolação
dos Mártires, fortíssima!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, fonte
enchente dos Confessores, suavíssima!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, honra e
coroa das virgens, jucundíssima!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, saúde e
consolação dos vivos e dos mortos, prontíssima!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Sede comigo em todas as minhas
tribulações, necessidades, angústias e enfermidades e alcançai-me o perdão de meus
pecados, principalmente na hora da minha morte não me falteis, piíssima e
beatíssima Virgem Maria!<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<b>Saudação <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, Filha de
Deus Pai!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, Mãe de
Deus Filho!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, Esposa do
Espírito Santo!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, formoso
templo da Divindade!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria,
resplandecente lírio da Santíssima Trindade!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, rosa
agradável a toda a corte celestial!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, Virgem das
Virgens, Virgem poderosíssima, cheia de doçura e humildade, de que o Rei Eterno
e Supremo do Céu quis nascer e ser alimentado com o vosso leite!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, Rainha dos
Mártires, cuja alma santíssima foi cruelmente ferida pela espada de dor!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, Senhora e
Mestra do mundo, a quem foi dado todo o poder assim na terra como no Céu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, Rainha do
meu coração, minha Mãe, minha guia, minha doçura e toda a minha esperança!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, Mãe amabilíssima!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deus vos salve, Maria, Mãe admirabilíssima!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Maria, Cheia de graça, o Senhor é
convosco!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Maria, bendita sois entre as
mulheres! Bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus Cristo! (…)<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Longa citação do <i>Livro do Vinde e Vede</i><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Pe. Ângelo de Sequeira não falava só de Nossa Senhora da
Lapa. A citação abaixo é recolhida do seu <i>Livro
do Vinde e Vede</i>, que tem o longo título já reproduzido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A partir da página 175, num processo que lembra o Gil Vicente
das Barcas, imagina o pregador desculpas que darão no Juízo Final muitos e
diversificados membros da Igreja. O fragmento tem também a virtude de nos
mostrar um pouco do que eram os grupos sociais naquele século tão diferente do
nosso e algumas das relações que entre uns e outros se estabeleciam.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirão os pontífices: Senhor, a Igreja
e a Cristandade era muito grande e estendida. Eu tinha muitos pastores,
cardeais, bispos, arcebispos em que me fiava: suspendei o braço da vossa ira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirá o Anjo: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Ó pontífices, cá no Céu temos
muitos dos vossos antecessores, que cuidaram mais nas suas obrigações e foram
pastores vigilantes; e destes mesmos temos cá muitos santos: <i>Sanctis millibus</i><a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><i><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[11]</span></b></span><!--[endif]--></span></i></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirão os cardeais: Senhor, os
negócios eram muito grandes e tínhamos bons teólogos e assessores e nos
fiávamos neles: suspendei o vosso castigo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirá o Anjo: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Cá temos muitos dos vossos
antecessores com as mesmas circunstâncias e feitos santos: <i>Sanctis millibus</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirão os arcebispos e bispos:
Senhor, a diocese e bispado era muito comprido e estendido, tínhamos bons
vigários e curas e bons visitadores: descansámos neles: suspendei a vossa ira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirá o Anjo: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Cá temos muitos dos vossos
antecessores que tiveram melhor cuidado que vós e não deram benefícios por
cartas de favor nem ordenaram por empenhos, e destes temos cá muitos no Céu,
muitos santos com as mesmas ocupações que vós tivestes: <i>Sanctis millibus</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirão os vigários, reitores,
abades e curas<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>:
Senhor, a freguesia era muito grande e estendida, tinha bons operários,
descansámos neles: suspendei a vossa ira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirá o Anjo:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Nunca lestes o que vos estava avisando
o Concílio nestas palavras <i>Cum
certissimum sit, excusationem pastorum non admitti si lupus oves comedat et pastor
nesciat</i><a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn13" name="_ftnref13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><i><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[13]</span></b></span><!--[endif]--></span></i></span></a>.
Pois sabei que cá no Céu temos muitos dos vossos antecessores com as mesmas
ocupações feitos grandes santos: <i>Sanctis
millibus</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirão os clérigos e sacerdotes
seculares: Senhor, nós éramos pobres, os rendimentos pequenos, as despesas
grandes: tende compaixão de nós.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
E dirá o Anjo: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Vós não lestes o que já de vós
dizia São João Crisóstomo, que as vossas culpas e delitos eram causa de
perdição do povo: <i>Ruina populi mei ex
maxima culpa sacerdotum fuit</i><a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn14" name="_ftnref14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><i><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[14]</span></b></span><!--[endif]--></span></i></span></a>?
Pois sabei que cá no Céu temos muitos clérigos e sacerdotes com as mesmas
circunstâncias que vós alegais e destes temos muitos santos: <i>Sanctis millibus</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirão os prelados das religiões<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn15" name="_ftnref15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>:
Senhor, os conventos estavam alcançados em dívidas e disfarcei alguma coisa nos
meus súbditos para se recolherem às casas de seus pais e suas mães e passarem
as férias, e me fiava neles: suspendei a vossa ira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirá o Anjo: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Vós não lestes aquelas palavras <i>Impossibile est aliquem ex Rectoribus salvos
fieri</i><a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn16" name="_ftnref16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><i><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[16]</span></b></span><!--[endif]--></span></i></span></a>?
Pois sabei que cá no Céu estão muitos dos vossos antecessores que tiveram os
seus conventos empenhados, mas desempenharam as suas obrigações nas vigilâncias
e por isso temos cá desses muitos: <i>Sanctis
millibus</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirão os reis, monarcas e
príncipes: Senhor, o reino era muito grande, pusemos relações, ministros, governadores,
descansávamos neles: suspendei a vossa ira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirá o Anjo: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Cá temos no Céu muitos dos vossos
antecessores mais cuidadosos e feitos grandes santos: <i>Sanctis millibus</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirão os ministros, os
governadores, os militares, os letrados, os oficiais: Senhor, os negócios eram
de muita suposição, as demandas eram contínuas, os despachos actuais, as portas
remotas: suspendei a vossa ira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirá o Anjo: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Cá no Céu temos muitos com as
mesmas circunstâncias e feitos grandes santos. <i>Sanctis millibus</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirão os solteiros e solteiras e
donzelas: Senhor, éramos pobres e desamparados: suspendei a vossa ira<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftn17" name="_ftnref17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirá o Anjo:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Cá no Céu temos muitos com essas
circunstâncias feitos grandes santos: <i>Sanctis
millibus</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirão os casados e pais de
família: Senhor, a família era grande, muitos filhos e filhas, pouco era o que
trabalhava para o seu sustento: suspendei a vossa ira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirá o Anjo: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Cá no Céu temos muito pobres, pois
deles é o reino dos Céus, que o souberam merecer com a sua pobreza, feitos
grandes e grandes santos: <i>Sanctis
millibus.</i> <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirão os filhos-famílias, os
criados e criadas, escravos e escravas: Senhor, os nossos pais e senhores não
nos assistiam com tudo o que nos era necessário, faltaram às suas obrigações,
não nos ensinaram a doutrina cristã e nem a confessar as nossas culpas:
suspendei a vossa ira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
E dirá o Anjo:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Cá no Céu temos muitos e muitas
com esse desamparo feitos grandes santos: <i>Sanctis
millibus</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirão os lavradores: Senhor, nós
estávamos muito ocupados com as nossas lavouras e colheitas, éramos muito
pobres, não tínhamos criados para nos trabalharem, as rendas que pagávamos eram
exorbitantes, pouco era o tempo para o serviço.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirá o Anjo:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Cá no Céu temos muitos que foram
lavradores com essas mesmas pobrezas e colheitas e foram santos: <i>Sanctis millibus</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirão as mulheres mundanas e
pecadoras públicas: Senhor, nossos pais foram muito pobres e nos deixaram ao
desamparo, fomos requestadas, rejeitámos, mas cresceu tanto a necessidade que
nos prendemos por mera necessidade: suspendei a vossa ira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirá o Anjo:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Cá no Céu temos muitas que foram
tão pobres como vós e com as mesmas necessidades e com tudo isso foram muito
santas: <i>Sanctis millibus</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirão os sacristães das igrejas,
tesoureiros, fabriqueiros: Senhor, as igrejas eram muito pobres, não tínhamos
tempo para limparmos e assearmos os altares e as vestimentas e mais ornatos da
igreja: suspendei a vossa ira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Dirá o Anjo:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Cá no Céu temos muitos que
tiveram as mesmas ocupações e foram limpos, asseados e santos: <i>Sanctis millibus</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pelo fragmento passa quase toda a gente. Como de cada grupo
há milhares de santos, também os destinatários do autor se podiam salvar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E era isto dito não propriamente por um taumaturgo, mas por
alguém cuja devoção era fonte de grandes graças e milagres. Alguém também
próximo das pessoas, que se preocupava com elas. O Pe. Ângelo de Sequeira,
apesar de ser cónego da Sé de São Paulo e monsenhor, assinava “Ângelo de
Sequeira, pobre Missionário Apostólico”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Pelas reacções de que nos chegou conhecimento indirecto,
podemos concluir que ele foi arrebatador.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Imagens de Nossa
Senhora da Lapa que copiam a do Pe. Ângelo de Sequeira<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O impacto da pregação do Pe. Ângelo de Sequeira também se
mede pelas muitas cópias que se fizeram da imagem de Nossa Senhora da Lapa que
ele trazia consigo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Reproduzindo-a, os artistas esculpiram muitas imagens;
mantendo o essencial, usaram também de alguma liberdade. Consideremos algumas
delas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
As do primeiro par são da Igreja que estamos a estudar. Na
da esquerda, a Senhora é mais encorpada, predomina o ouro velho embora ocorra
também o azul; a da direita, pelo contrário, tem colorido variado. Também o
suporte de nuvens e os querubins são muito diferentes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
No segundo par, a da esquerda era da extinta paróquia de
Santagões e a da direita é a Senhora da Lapa de Fora da Igreja da Lapa na Póvoa
de Varzim. A da esquerda usa mais cor e tem muito mais volume. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A roupagem da que colocamos abaixo, da Matriz da Póvoa de
Varzim, é muito colorida, sendo o vestido “estampado”; a da direita, duma
capela particular de Balasar, é mais contida na cor, mas mostra mais o cabelo e
o lenço foi substituído por uma espécie de echarpe (é uma imagem volumosa).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Fica claro que todas elas estão próximas do modelo: a cabeça
aparece sempre coberta, o olhar é sempre dirigido para a frente, as mãos estão
sempre postas, sempre com uma “capa” sobre o vestido e, por cima deste, o
manto. Todas devem ter tido coroa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAtgypt_5mNuknU2QvrwJoSSio52Hzc0GYzxBwXKL5S5MgMvvm_Zr8vmjebbVy1iw450CrJPOjxaHw9WbIK9QmTgbDnpLmUUt2pOlIDLD2WU1DUF8SIIadM0DmkGStrm7uJ0VpRq6LYko/s1600/p%25C3%25BAlpito+matriz.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1318" data-original-width="1600" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAtgypt_5mNuknU2QvrwJoSSio52Hzc0GYzxBwXKL5S5MgMvvm_Zr8vmjebbVy1iw450CrJPOjxaHw9WbIK9QmTgbDnpLmUUt2pOlIDLD2WU1DUF8SIIadM0DmkGStrm7uJ0VpRq6LYko/s320/p%25C3%25BAlpito+matriz.JPG" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Frente do original púlpito da Matriz. Foi a partir dele que
pregaram os missionários de que aqui se fala.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1e5i8L5F5tO2hsM6dmwR38L0FKGXIEBdLjtbbBLzDfdpHGczZZV9lJ76wVe8V1POOLbGiV00RERjb0JYmduVFUblNJMlOHtHdX3SfG0CdvrFH2BgmQzC72WetKHyx5POHwGdKyohIqfM/s1600/botica+precisoa+b+b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="414" data-original-width="254" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1e5i8L5F5tO2hsM6dmwR38L0FKGXIEBdLjtbbBLzDfdpHGczZZV9lJ76wVe8V1POOLbGiV00RERjb0JYmduVFUblNJMlOHtHdX3SfG0CdvrFH2BgmQzC72WetKHyx5POHwGdKyohIqfM/s320/botica+precisoa+b+b.jpg" width="195" /></a></div>
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoCaption">
Representação de Nossa Senhora da Lapa que se encontra na <i>Botica Preciosa</i>. A partir dela fizeram-se
depois repetidíssimas esculturas (de facto, ela copiava uma imagem
tridimensional que o autor costumava trazer consigo). O sol que a ilumina por
trás da cabeça, não o podiam os escultores representar. As roupagens são abundantemente
estampadas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRQSomsEcLeItca2mvnP-uC-RXuoJlmuoSVzSFBjmiimPF0QnJdBgzQSrclYvI3dHk53cRjG0IL3nToklvk1k4rvm4MFiajXc4bJXqBdGat9IjToxL73PDdrlvzoO2PopVLoZrOutuSTg/s1600/botica+precisoa+bc.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="405" data-original-width="242" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRQSomsEcLeItca2mvnP-uC-RXuoJlmuoSVzSFBjmiimPF0QnJdBgzQSrclYvI3dHk53cRjG0IL3nToklvk1k4rvm4MFiajXc4bJXqBdGat9IjToxL73PDdrlvzoO2PopVLoZrOutuSTg/s320/botica+precisoa+bc.jpg" width="191" /></a></div>
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoCaption">
Página de rosto da <i>Botica
Preciosa</i>.<o:p></o:p></div>
<div align="left" class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3dDSyEhbL84OFJGKEyY-OnVMuQcfuwj7jmaH9B89M-zGaEH477m05MGK15XAYWSdTbyTaInkrme4LscpiH0ZDtbXq-PojV9ITDQMVoJ9Nz6GhJY9BIE10t3cYapZNnDLj6KrvhqaYgLI/s1600/livrodovindeevede.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="758" data-original-width="511" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3dDSyEhbL84OFJGKEyY-OnVMuQcfuwj7jmaH9B89M-zGaEH477m05MGK15XAYWSdTbyTaInkrme4LscpiH0ZDtbXq-PojV9ITDQMVoJ9Nz6GhJY9BIE10t3cYapZNnDLj6KrvhqaYgLI/s320/livrodovindeevede.jpg" width="215" /></a></div>
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoCaption">
Página de Rosto do livro <i>Vinde e Vede.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGJ__n4h4Aex7hoV8LpDSwdGL-_iAQGMH78nafhRdURC4Y-TAB98fPLtsIdD8AWibbbWDRoXVBxeIoj5GJqsusxGCPIvxr90teqrTN4viPuyBjnLmWw7jMka_IYeqcpqWXg2gaa_eQq1c/s1600/lapas+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="431" data-original-width="440" height="313" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGJ__n4h4Aex7hoV8LpDSwdGL-_iAQGMH78nafhRdURC4Y-TAB98fPLtsIdD8AWibbbWDRoXVBxeIoj5GJqsusxGCPIvxr90teqrTN4viPuyBjnLmWw7jMka_IYeqcpqWXg2gaa_eQq1c/s320/lapas+1.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Duas imagens de Nossa
Senhora da Lapa da Igreja da Lapa de Vila do Conde. A da direita é pequenina e
devia servir para dar a beijar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5XnKRaeSPAmNvtnAonYK1xENlOUnM0RUZYFlRMDCaF3bKBIfxeoBxpzuEpAfOTM3H4dQLV1ytGusIAvsgz4LT7F9Hc-v-ImD26yLrFZZekB5KMFVEW0av2S0LkA2YXblP5y-p7bErcNU/s1600/lapas+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="375" data-original-width="479" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5XnKRaeSPAmNvtnAonYK1xENlOUnM0RUZYFlRMDCaF3bKBIfxeoBxpzuEpAfOTM3H4dQLV1ytGusIAvsgz4LT7F9Hc-v-ImD26yLrFZZekB5KMFVEW0av2S0LkA2YXblP5y-p7bErcNU/s320/lapas+2.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Imagens de Nossa Senhora da Lapa respectivamente da igreja
da extinta paróquia de Santagões e do exterior, voltado ao mar, da Igreja da
Lapa da Póvoa de Varzim. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ1IDwra-2rVfrfQxO2umg42F5IFvuVnFiIN34N-TVURFP3c1wgBkVmuTI0ug6KMVyThjB1TgEFqE68CnmR0-iJXyhwaUpjL407z4wWsUqTGtG0dQ-rTNWxZ5NZo08FS9Hr8wUgXXpI58/s1600/lapas+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="372" height="309" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ1IDwra-2rVfrfQxO2umg42F5IFvuVnFiIN34N-TVURFP3c1wgBkVmuTI0ug6KMVyThjB1TgEFqE68CnmR0-iJXyhwaUpjL407z4wWsUqTGtG0dQ-rTNWxZ5NZo08FS9Hr8wUgXXpI58/s320/lapas+3.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
A imagem da esquerda devia ser a de dar a beijar na Matriz
da Póvoa de Varzim; a da direita é uma imagem de grandes dimensões da Capela de
Nossa Senhora da Lapa em Balasar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p>
</o:p></div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> SOARES,
Franquelim Neiva – <i>Subsídios para </i><i><span style="font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">a História de Santa Eulália de Balasar</span></i><span style="font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">, <i>in</i> Boletim Cultural <i>Póvoa de
Varzim</i>, vol. XV, nº 1, 1976, pp. 53</span>-54.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoFootnoteText">
Em 1741, tinha sido criada em Santa Clara a Confraria
dos Santíssimos Corações de Jesus e da Virgem Maria.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> O
Brasil, note-se, ainda demoraria muito a tornar-se independente.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> Não
sabemos quase nada das pessoas contemporâneas do Prior Falcão que com ele
ouviram entusiasmadas as palavra do Pe. Ângelo de Sequeira. Coloca-se por isso
aqui esta lista retirada duma acta da câmara onde estão os nomes daquelas que
então eram as pessoas mais gradas da Vila: António Carneiro de Figueiredo (homem
bastante rico), Capitão-Mor Mateus Pereira da Rocha (muito abastado), José
Carneiro da Costa e Magalhães, Jácome Carneiro de Sá Barbosa, Manuel Carneiro
Mascarenhas, Martinho de Sá Carneiro (residia na Rua de São Bento), José Joaquim,
João Pinto da Rocha, João Crisóstomo Pereira Rego e Sá, Lourenço Justiniano
Amorim Pinheiro, Inácio Félix de Oliveira Carneiro, Afonso da Silva (muito
rico), Dr. João Xavier Nogueira, Dr. António Pereira Medela (abastado,
professor do ensino universitário), António Pereira Rego (da Rua de São Bento),
Domingos José da Rocha, João Carneiro de Azevedo e Sá Barbosa (talvez da Rua do
Bispo), José de Lima Carneiro Camelo Falcão (pai do Prior Falcão), Luís
Carneiro de Sá Barbosa, Dr. António Luís Pereira Campos (mencionado na Escritura
da Arrematação da obra da igreja), Domingos José da Rocha de Leão, Dr. João Pereira
da Costa (da Rua de São Bento), Dr. Vitoriano de Sousa Guerra (abastado),
Manuel Afonso de Oliveira, Manuel Carneiro de Sá Barbosa, Francisco Leite
Ferreira (talvez natural da Póvoa, abastado), Francisco Abreu dos Santos,
Domingos Vieira da Costa (da Rua dos Pelames).<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a> Tudo
pelas mãos de Maria.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a> Fê-La
<i>(Deus) </i>tudo para todos.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a> Mas
livra-nos sempre de todos os perigos, Virgem gloriosa e bendita!<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Deve-se lembrar contudo que a devoção a Nossa Senhora da Lapa era muito
popular.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a> Mas
sabe-se que havia devoção à Infância junto à Lapa do Porto.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a> <i>Botica Preciosa</i>, pág. 168.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn10">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a> <i>Botica Preciosa</i>, pág. 171 (texto
traduzido do francês).<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn11">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Milhares de santos (expressão da Epístola de São Judas Tadeu).<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn12">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref12" name="_ftn12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Basicamente, trata-se de párocos.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn13">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref13" name="_ftn13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Quando for bem certo, não seja admitida a desculpa dos pastores se o lobo come
as ovelhas e o pastor não sabe.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn14">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref14" name="_ftn14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></a> A
ruína do meu povo foi da máxima culpa dos sacerdotes.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn15">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref15" name="_ftn15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Superiores das casas religiosas.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn16">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref16" name="_ftn16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></a> É
impossível que algum dos governantes se salve. É provável que haja erro nesta
citação. Talvez fosse assim: <i>Miror an
fieri possit ut aliquis ex rectoribus sit salvus</i>: Admiro-me que algum dos
governantes se possa salvar. O autor termina aqui as considerações relativas ao
clero e começa a seguir as que dirige às autoridades civis.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn17">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Publicatura%20def/Igreja%20de%20Nossa%20Senhora%20da%20Lapa%20haec.docx#_ftnref17" name="_ftn17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Agora passa a considerar as camadas populares.<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-37160616371234239082018-01-18T11:13:00.005-08:002018-01-21T04:08:32.947-08:00<div class="MsoNormal">
<b><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc439003008">A IGREJA</a> DA LAPA</b></div>
<h2>
<o:p></o:p></h2>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-language: HE;">A Escritura de Arrematação da Igreja da Lapa <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-language: HE;">A Escritura de
Arrematação da Igreja da Lapa é um longo documento notarial onde se encontram
informações valiosas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-language: HE;">Em 2 de Março de
1758, o tabelião dirigiu-se a casa do Prior Francisco de Lima e Azevedo Camelo
Falcão<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>, Juiz
da Confraria de Nossa Senhora da Lapa, e aí se lavrou a Escritura de
Arrematação da Igreja da Lapa<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>. É
assim anterior de alguns meses à memória paroquial, datada de 14 de Maio do
mesmo ano.</span><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT; mso-no-proof: yes;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-language: HE;">Escritura de Arrematação e Contrato que
fazem os Juízes e mais Oficiais da Confraria de Nossa Senhora da Lapa e São
Bartolomeu desta Vila do Conde com João Monteiro e Matias de Passos, mestres-pedreiros
desta mesma.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-language: HE;">Em nome de Deus, ámen.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Saibam quantos este público instrumento de escritura e arrematação e contrato,
ou como em direito melhor haja lugar e dizer se possa, virem que no ano do nascimento
de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil e setecentos e cinquenta e oito anos, aos
dois dias do mês de Março do dito ano, nesta Vila do Conde e nas casas da
morada do Reverendo Prior Francisco de Lima e Azevedo Camelo Falcão, Juiz da
Confraria de Nossa Senhora da Lapa, aonde eu tabelião fui vindo, aí, perante
mim e testemunhas ao diante nomeadas e no fim deste instrumento assinadas,
foram presentes partes outorgantes e aceitantes, a saber, de uma o dito
Reverendo Prior e Juízes da dita Confraria e com ele o tesoureiro dela, João
Carneiro de Azevedo Duarte, e bem assim mais os deputados seguintes: Manuel
Leite de Brito, coadjutor da Igreja Matriz desta Vila, e o doutor António Luís
Pereira Campos e Manuel Machado de Barros e João da Costa Pereira, todos
moradores nesta dita Vila, e com eles, Luís Machado de Barros Vilas-Boas, Juiz
da Confraria de São Bartolomeu, a qual está anexa à da Senhora da Lapa, e da
outra João Monteiro e Matias de Passos<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
e João António Dias, mestres-pedreiros, todos moradores nesta mesma Vila de
Conde, e uns e outros reconhecidos de mim tabelião pelos próprios, de que dou
fé, como também das testemunhas perante as quais e de mim tabelião, pelos ditos
Juízes e Oficiais, que também são irmãos da Confraria do Apóstolo São
Bartolomeu em cuja capela se acha colocada a imagem de Nossa Senhora da Lapa,
por todos e por cada um <i>in solidum</i>,
foi dito e disseram que estando em acto de conversação e mesa pretenderam
edificar de novo um templo em lugar do antigo para com toda a decência e
veneração estarem as imagens de Nossa Senhora da Lapa e do Apóstolo São Bartolomeu,
com as dos mais Santos e Santas e mais imagens que residiam na capela antiga,
fazendo todos os acrescentamentos de comprimento, altura e largura e as mais
mudanças de que precisariam para o bom ornato do mesmo templo e igreja, e para
este efeito deram a dita obra de empreitada ao mestre João Monteiro e a seus
consócios Matias de Passos e João António Dias e por preço de seiscentos e
quinze mil réis na forma da planta e apontamentos que todos viram, leram e
assinaram, como deles constavam, e porque queriam segurar a obrigação desta
obra por escritura pública estipulando nela por contrato as condições com que
há-de ser feita (…)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Algumas notas sobre os
colaboradores que acompanhavam o Prior Falcão: João Carneiro de Azevedo Duarte,
o tesoureiro da confraria, era um proprietário abastado; o doutor António Luís
Pereira Campos destacava-se no meio vila-condense e viria a ser nomeado
Procurador da Coroa e Fiscal da Fazenda Real sobre Sisas e mais Direitos Reais;
Manuel Machado de Barros devia ser irmão de Luís Machado de Barros Vilas-Boas
(que tinha ao menos uma propriedade na Rua da Laje); de João da Costa Pereira
nada sabemos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Enquanto o fragmento
anterior dá conta sobretudo da ideia que presidia à construção que se queria
levantar, o que se segue contém informações bastante precisas sobre a obra a
executar, destinadas ao mestre-pedreiro construtor.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
(…) o Corpo da Igreja há-de ter em vazio trinta e dois palmos e porão duas
pias de pedra ao pé da porta principal para a água benta, que serão feitas de
concha com todo o primor da arte, que terão dois palmos e meio de vão e três de
comprido, e bem assim dois cachorros bem lavrados de quartela, com suas meias
canas ao uso moderno, e juntamente uma porta falsa no lado do sul,
correspondente à porta da entrada do púlpito da parte do norte; e neste lado na
capela-mor fará uma porta para a sacristia com cinco palmos de largo e desde
alto apilarada por fora e por dentro nos alicerces do corpo de toda a Igreja e
capela-mor – lhe deixarão hum palmo de sapata pela parte de fora e por dentro um
quarto de palmo e os alicerces serão firmados em pedra firme e copiado da
capela-mor; e arco cruzeiro até onde hão-de ir as grades, conforme mostra a
planta, será feito de fiada, escudado, e enquanto às empenas da capela-mor e
arco cruzeiro as farão com o ponto necessário para a boa expedição das águas; e,
conforme o pedir a arte, as pirâmides do arco cruzeiro e capela-mor serão como
as do frontispício; e o arco cruzeiro, sem embargo do que mostra a planta, o
farão, no que diz respeito a largura, ou menos a largura dele, conforme eles oficiais
o determinaram, e as sapatas do alicerce do corpo da Igreja, pela parte de fora,
será de esquadria de friso; e que enquanto ao mais se fará a obra na forma da
planta; e que com todas estas condições haviam por arrematada a dita obra pela
dita quantia de seiscentos e quinze mil reis (…)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoCaption" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A réplica da Igreja da Lapa
do Porto<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span>
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">O
que está determinado na segunda parte da Escritura de Arrematação não foi
propriamente o que se construiu: entre o que se planeou e o que se executou há
diferenças que se devem assinalar.</span><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-language: HE; mso-fareast-language: PT;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Dentro
da igreja, o caso do púlpito é o mais evidente: o projecto fala de um e
construíram-se dois. E o segundo não é acrescento posterior pois as belas
mísulas em que os dois assentam são iguais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">E
terão havido mais alterações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A
fachada não deve corresponder a nada do que figurava na planta da escritura,
que não menciona as torres<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
nem o frontão, nem as imagens dos santos Bartolomeu e Lourenço. Mas refere-se
às pirâmides do frontispício – que não existem: “</span>as pirâmides do arco cruzeiro e capela-mor serão <i>como as do frontispício</i>” (supomos que por pirâmides se entendam pináculos)<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Entre
a data da escritura e a da memória paroquial, que fala duma “construção magnífica
e custosa”, deve ter havido a grande mudança de planos, com enorme acrescento
de fundos. O dinheiro original não devia chegar para construir uma das torres.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Que
se terá passado? O Pe. Ângelo de Sequeira terá vindo à Lapa e galvanizado a
população? Terá algum brasileiro muito rico disponibilizado avultadíssima
quantia?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">O
que é bastante claro é que se quis fazer da fachada principal desta igreja da
Lapa uma réplica em ponto menor da do Porto. Certamente ambicionou-se recriar
na Vila a grande dinâmica pastoral que se desenvolvia no Porto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">São
muitos os pontos em comum entre as duas fachadas: o</span> frontão triangular com a coroa, as estátuas por
cima, as duas torres. Mas há outros elementos comuns: como a do Porto, a de
Vila do Conde ficava fora de portas, ambas assentam sobre uma elevação, em
ambas as torres se elevam ao lado do corpo da igreja.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Sobre
as torres, retenha-se que têm uma qualidade artística bem superior às do Porto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Esta
perspectiva obriga a repensar a questão do arquitecto (ou arquitectos) da
igreja vila-condense da Lapa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">O
que se mandava na planta original estava alcance, parece-nos, de qualquer
mestre-pedreiro experiente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A
parte que é cópia da igreja do Porto, pela sua qualidade artística, exigia pelo
menos artistas capazes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Restam
o portal e as originais torres. Estas deviam pedir mesmo arquitecto e também
bons artistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Nota sobre o Prior
Falcão<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Prior Falcão nasceu em 29 de Outubro de 1706, em São Simão
da Junqueira, na casa do Cerqueiral, e foi baptizado pelo prior do mosteiro
existente na freguesia, D. Dionísio de Santo António. O pai chamava-se José
Pinto Carneiro e era cavaleiro professo da Ordem de Cristo; o nome da mãe era
D. Maria Luísa de Azevedo. Mais tarde, a família veio residir para Vila do
Conde.<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT; mso-no-proof: yes;"> </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Este prior iniciou actividade em Vila do Conde em 1737 (por
uma tia, abadessa de Santa Clara, lhe ter dado a apresentação do priorado<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>)
e faleceu em 5 de Julho de 1759, com 52 anos<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A Escritura de Arrematação da obra da Igreja da Senhora da
Lapa foi lavrada em sua casa, o que pode significar que a sua saúde já não
andaria bem um ano antes, naquele Março de 1758. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A memória paroquial que escreveu é muito desenvolvida e
cuidada e tem, como já se disse, o original título de “Epílogo Topográfico”<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Passou dois meses a prepará-la. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Do legado que deixou na paróquia, constou um retábulo-mor na
Matriz, substituído pelo actual cerca de 1875.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Nos derradeiros meses de vida devia estar gravemente doente pois
era reservatário, havendo um novo prior em efectividade. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Não fez testamento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
As imagens do apóstolo São Bartolomeu<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a>
e do mártir São Lourenço indicam a continuidade da devoção antiga que ali se
promovia; a coroa, destacadíssima, no lugar mais nobre, representa Nossa
Senhora (os reis portugueses tinham feito a entrega da sua coroa à Mãe de
Deus).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="apple-converted-space"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A coroa é real,
mas neste caso é um símbolo mariano.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="apple-converted-space"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Embora esta
nota não acentue a importância das torres no contexto da fachada frontal, o
lugar delas é o mais destacado: grandiosas, injustificadas nas suas oito
sineiras, mais para efeito estético.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="apple-converted-space"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Para apreciar a
sua grandiosidade e arte, basta compará-las com outras quase contemporâneas,
como as da Igreja do Mosteiro de São Simão da Junqueira ou as da Matriz da
Póvoa de Varzim. <o:p></o:p></span></span><br />
<span class="apple-converted-space"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<span class="apple-converted-space"><b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">O interior neoclássico<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="apple-converted-space"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="apple-converted-space"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A diferença
estilística entre a exuberância da fachada do templo e o seu interior é
surpreendente. Ao barroco já próximo do rococó do exterior corresponde a talha
neoclássica dos retábulos. Agostinho Araújo cita um visitador que em 1795 se
exprimiu assim sobre esta igreja: “Achei a Capela de Nossa Senhora da Lapa
optimamente ordenada”. É bem possível que a talha neoclássica viesse data
próxima. Aliás, é flagrante a semelhança estrutural entre o retábulo-mor da Igreja
da Lapa e o correspondente retábulo-mor da Matriz, datado, ao que se julga, de
1785</span></span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span class="apple-converted-space"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="apple-converted-space"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A nota </span></span>da
Direcção-Geral do Património Cultural<span class="apple-converted-space"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">
que já citámos exprime-se assim sobre ele:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT; mso-no-proof: yes;"> </span><span class="apple-converted-space"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Não é possível determinar em que
época o templo ficou concluído, mas a campanha decorativa do interior, de
características já neoclássicas, prolongou-se, com certeza, até ao início do
século XIX. Destacam-se os retábulos colaterais, a sanefa que coroa o arco
triunfal, e o retábulo-mor, em talha dourada e branca.<span class="apple-converted-space"> </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Por retábulos colaterais entendem-se naturalmente o de São
Bartolomeu e o de São Lourenço.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O recente restauro desta talha beneficiou-a muito.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
É possível que a morte do Prior Falcão em 1759 tenha afectado
o impulso e o andamento das obras adiando-as. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Repare-se que o tamanho das imagens se
adequa sempre ao espaço que lhes foi destinado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br />
<div class="MsoNormal">
<b>Vila do Conde
renovada<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em Vila do Conde, no século XVIII e em particular na sua segunda
metade, construiu-se muito. Não se ergueu só a parte nova do Mosteiro de Santa
Clara, muitos nobres edificaram residências apalaçadas. São disso principais exemplos
a Casa da Fervença (Museu de Bilros), a Casa Grande (Hotel Estalagem do Brazão),
a Casa dos Vasconcelos (Auditório Municipal), a Casa dos Coelhos (Instituto de
São José), a Casa da Praça (Centro Paroquial). A própria Casa de São Sebastião (Centro
de Memória) há-de ter sido sujeita a obras.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Foi neste contexto edificador que se levantou a magnífica
Igreja de Nossa Senhora da Lapa como homenagem à Mãe de Deus.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Mais
fotografias da talha neoclássica da Igreja da Lapa<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ver abaixo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-language: HE; mso-font-width: 88%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt25_j5vCTebmQQePuCY9wKsGvpb-zBOn_E6T0lpUX40CueV_GCIAR3mVvrV_yxzP3ip32Vf9sAyKYTBuYALL_KAJkBUF-4mpQN-vNhuG895N00C3LvHWd_mbP_QeGWxFRiKQmJKWdGGg/s1600/ig+lapa+vc.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1295" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt25_j5vCTebmQQePuCY9wKsGvpb-zBOn_E6T0lpUX40CueV_GCIAR3mVvrV_yxzP3ip32Vf9sAyKYTBuYALL_KAJkBUF-4mpQN-vNhuG895N00C3LvHWd_mbP_QeGWxFRiKQmJKWdGGg/s320/ig+lapa+vc.JPG" width="259" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-language: HE; mso-font-width: 88%;"><br /></span></div>
<div class="MsoCaption">
Fachada principal da
Igreja de Nossa Senhora da Lapa de Vila do Conde.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjC8pJSPYp1qd5038JCrhX85njEH7oPCcovZmEZmQ5fCo0iSBPtjY1cisEdZyV1pJzFboIZ9l98I8QlNNgbG-9xK6g4GCbW61y2GkgyEUMYBiktHB4JEWtw5SCbWlqV8rP5baxWMmpoDqU/s1600/ig+lapa+porto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="420" data-original-width="628" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjC8pJSPYp1qd5038JCrhX85njEH7oPCcovZmEZmQ5fCo0iSBPtjY1cisEdZyV1pJzFboIZ9l98I8QlNNgbG-9xK6g4GCbW61y2GkgyEUMYBiktHB4JEWtw5SCbWlqV8rP5baxWMmpoDqU/s320/ig+lapa+porto.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Igreja da Lapa do Porto cuja fachada principal inspirou de
perto a de Vila do Conde.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyddNVHbR9Xgb-r_kkqRkYou45USdRZb8EGsLd98KLNzN8HQYmv2-5OcPL4BkpSOkl7zxwyo25iP7dw0XtPpxb5JHh9XlYj_DtD6ch6YBPApg3nU61wkfsny5GtlykUmRf2K6RUlbAiTM/s1600/P1240141.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1111" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyddNVHbR9Xgb-r_kkqRkYou45USdRZb8EGsLd98KLNzN8HQYmv2-5OcPL4BkpSOkl7zxwyo25iP7dw0XtPpxb5JHh9XlYj_DtD6ch6YBPApg3nU61wkfsny5GtlykUmRf2K6RUlbAiTM/s320/P1240141.JPG" width="222" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoCaption">
Importante pormenor da
fachada da Igreja da Lapa que elucida sobre as intenções de quem promoveu a construção
deste templo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFu3vneZNHpAptmeIsbz3DBZBWc6l-l6llt2Vg0AirAlycEFE9r_tj7uzzY1PHcFuv2CL_5qZGKz8h0w6A4NpHxITL2rJrtZUu-HjQlVBU_SKkUtmso7ZyeuRKpQILCi2W_0ZqXZO-dLY/s1600/P3210201.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFu3vneZNHpAptmeIsbz3DBZBWc6l-l6llt2Vg0AirAlycEFE9r_tj7uzzY1PHcFuv2CL_5qZGKz8h0w6A4NpHxITL2rJrtZUu-HjQlVBU_SKkUtmso7ZyeuRKpQILCi2W_0ZqXZO-dLY/s320/P3210201.JPG" width="240" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoCaption">
Esta bela porta barroca merece ser comparada com a do
Convento do Carmo, com a da Igreja do Mosteiro da Junqueira e com a da Matriz
da Póvoa, todas de tempos muito próximos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiomYCV8dR1Ku5zPxAhVYjut269qeZIP9-1Lb6beNNGOWp_Co4OMQ83E-5ym5H6FeM7QxxoYxzc55wc1yHiZ3w9ki3RuLfYKugNCGzUDuMjn_HLaoCvGhuqkbXGCY3-yH1cmzAXLwMGV00/s1600/coroaa.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1242" data-original-width="1484" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiomYCV8dR1Ku5zPxAhVYjut269qeZIP9-1Lb6beNNGOWp_Co4OMQ83E-5ym5H6FeM7QxxoYxzc55wc1yHiZ3w9ki3RuLfYKugNCGzUDuMjn_HLaoCvGhuqkbXGCY3-yH1cmzAXLwMGV00/s320/coroaa.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoCaption">
Majestosa coroa que
representa Nossa Senhora da Lapa no lugar mais destacado da fachada da igreja, sobre
o frontão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaN0KMfkrizDX8gf921HmZi5CH6jmGRYFbmhK89a2TQRqswFo5NyNjv1tKh9-B9gufP6kzVp1m3vFAcdiyno-VBA9drRD0-W6QRyl_xkrfRVKvdF3V_P-NOW-Fk-GAUADg2hThEyACEPE/s1600/P1240138.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1143" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaN0KMfkrizDX8gf921HmZi5CH6jmGRYFbmhK89a2TQRqswFo5NyNjv1tKh9-B9gufP6kzVp1m3vFAcdiyno-VBA9drRD0-W6QRyl_xkrfRVKvdF3V_P-NOW-Fk-GAUADg2hThEyACEPE/s320/P1240138.JPG" width="228" /></a></div>
<br />
<div class="MsoCaption">
Uma das vistosas torres da Igreja da Lapa de Vila do Conde,
a do sul.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8PE_tACG_2W04EUnTWuvKUnLpiZatVDdDMFClkl9NoJrxC8tGPoDXbZpQ3jep5lX_cNxrugkxjjbHKJo6HOJhMIVzHwaHFBZ1xGtIn8GO8zmaQj2KuD41RqPv3KPfTPGQUYuRxIUPngs/s1600/P3120032+coro.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1372" data-original-width="1600" height="274" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8PE_tACG_2W04EUnTWuvKUnLpiZatVDdDMFClkl9NoJrxC8tGPoDXbZpQ3jep5lX_cNxrugkxjjbHKJo6HOJhMIVzHwaHFBZ1xGtIn8GO8zmaQj2KuD41RqPv3KPfTPGQUYuRxIUPngs/s320/P3120032+coro.JPG" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
<span class="apple-converted-space">Majestoso interior neoclássico
da Igreja da Lapa visto do coro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD0WdyvHtU2cQZwLoj51we0JR7pUjvluA-KK6cFpB_hidUe9-IhjDU2I3Jb_9p0NZdEDQgyHU6EVz8IBSAiURewvVXiYow358CVb78fMzJrUYDLdMidd7gOfSNJG9T46Re_0Xl0Q8Evi8/s1600/P1240150.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1143" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD0WdyvHtU2cQZwLoj51we0JR7pUjvluA-KK6cFpB_hidUe9-IhjDU2I3Jb_9p0NZdEDQgyHU6EVz8IBSAiURewvVXiYow358CVb78fMzJrUYDLdMidd7gOfSNJG9T46Re_0Xl0Q8Evi8/s320/P1240150.JPG" width="228" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
<span class="apple-converted-space">Excelente retábulo neoclássico do altar-mor: n</span>a maior
parte repete o correspondente da Matriz.<span class="apple-converted-space"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhjSuWVop6jwl3zcqPoZJK7MOS1Ddjhs-wdqOtUZW0ZkYjM3aGEIRkdcQzr3L3OTpBc8DwLWps9uc07cDqKmLjn7lSlWaCMBafgWGkFGUFGKeNHE7FubhRtChyOZvNR-bXYYQb6QPDwGg/s1600/P_20180106_103703_SRES+b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1001" data-original-width="727" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhjSuWVop6jwl3zcqPoZJK7MOS1Ddjhs-wdqOtUZW0ZkYjM3aGEIRkdcQzr3L3OTpBc8DwLWps9uc07cDqKmLjn7lSlWaCMBafgWGkFGUFGKeNHE7FubhRtChyOZvNR-bXYYQb6QPDwGg/s320/P_20180106_103703_SRES+b.jpg" width="232" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
<span class="apple-converted-space">Contemporâneo do da Lapa, o retábulo o retábulo-mor da Matriz tem com
aquele as mais notórias semelhanças.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3nb5G5PPm05b-r9t9_aCXBPK2JXICYAKTykz59z7yYhPNtzoJj1EN9SiT8OoUV27rodfS3oYrpIY3tat6U07kaw4TYCscmMqbhhhAWXdnHmR6uifyp1Ed0o1Ok5jB5MCVFk8C0YoDYgc/s1600/P1240154+sra+lapa.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1147" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3nb5G5PPm05b-r9t9_aCXBPK2JXICYAKTykz59z7yYhPNtzoJj1EN9SiT8OoUV27rodfS3oYrpIY3tat6U07kaw4TYCscmMqbhhhAWXdnHmR6uifyp1Ed0o1Ok5jB5MCVFk8C0YoDYgc/s320/P1240154+sra+lapa.JPG" width="229" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
A imagem da padroeira tem este rico enquadramento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPp-MZ7S0PnhixdjfDQCDaYlBDAxWZsHkDMuBDxGaoZQuAQgyhxLd6TxxHMhMnGtLNJeSTHYnRnWgPJ-0bThhgEold3wqA3n3ZN0O6Zgwup2cvLkBYMSK5wSV25Piebd61AFOBoDR7tA8/s1600/sacr%25C3%25A1rio.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1045" data-original-width="745" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPp-MZ7S0PnhixdjfDQCDaYlBDAxWZsHkDMuBDxGaoZQuAQgyhxLd6TxxHMhMnGtLNJeSTHYnRnWgPJ-0bThhgEold3wqA3n3ZN0O6Zgwup2cvLkBYMSK5wSV25Piebd61AFOBoDR7tA8/s320/sacr%25C3%25A1rio.JPG" width="228" /></a></div>
<br /></div>
<div align="left" class="MsoCaption">
<span class="apple-converted-space">Belíssimo
sacrário da Lapa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfcpMWu504TuVyZLDCJsKLtz4Tw__S6I0OvDuOR3oBI0CR9SPFmueYt_glKS4wS1VFsSBwkq9-0UYaMinZEqSMCbKLbITrF5CC4sb4Lw9q7S9dKoNIUz4XrZGSjxPl8vXTzC3snnHO2oE/s1600/P1240148+diabo+acorrentado.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1081" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfcpMWu504TuVyZLDCJsKLtz4Tw__S6I0OvDuOR3oBI0CR9SPFmueYt_glKS4wS1VFsSBwkq9-0UYaMinZEqSMCbKLbITrF5CC4sb4Lw9q7S9dKoNIUz4XrZGSjxPl8vXTzC3snnHO2oE/s320/P1240148+diabo+acorrentado.JPG" width="216" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Retábulo de São Bartolomeu. A imagem, recente, do apóstolo
mostra-o segurando o cadeado que prende Satanás, como na fachada da igreja.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk4R5vKQyax1mEpX4cMNH8QWH3Gkft1lDDGEDCyVBY5Aro5ci1eiHIyy7_Jbb0fYOyRy-emk01esvIl5ZZOX7R0rA4CwEbyATlqIIvxNLPEnPM8yhveL_28gc4gXIcAhwlfG2kYzsyXQI/s1600/P1240149+b.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="946" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk4R5vKQyax1mEpX4cMNH8QWH3Gkft1lDDGEDCyVBY5Aro5ci1eiHIyy7_Jbb0fYOyRy-emk01esvIl5ZZOX7R0rA4CwEbyATlqIIvxNLPEnPM8yhveL_28gc4gXIcAhwlfG2kYzsyXQI/s320/P1240149+b.JPG" width="189" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Retábulo de São Lourenço. Como no de São Bartolomeu, também
neste há mísulas para mais quatro imagens de pequenas dimensões. A de São
Lourenço é também recente.<span style="font-size: 14.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgazpn1yg_oAPmzz8BK1jxitCibXuJ7m5OLuwLT_snl_zdo8zGzsO14NtRTlKVrr_35_smQzoAtPKzsFAYi4c8fSpeYjufoG9TGXmWZj80NimQ_SNE6Ut0QsCBf2UQY094uY3-JiWyT3oI/s1600/sanef%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="888" data-original-width="1600" height="177" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgazpn1yg_oAPmzz8BK1jxitCibXuJ7m5OLuwLT_snl_zdo8zGzsO14NtRTlKVrr_35_smQzoAtPKzsFAYi4c8fSpeYjufoG9TGXmWZj80NimQ_SNE6Ut0QsCBf2UQY094uY3-JiWyT3oI/s320/sanef%25C3%25A3o.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
A delicada sanefa do arco cruzeiro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> A
casa ficava na Rua da Igreja.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> A
escritura em causa foi publicada por Eugénio de Andrea da Cunha e Freitas, que
a copiou no Arquivo Distrital do Porto, e republicada por José Emídio Martins
Lopes.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> Era
artilheiro no Castelo.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a> A
escritura, que menciona a pia de água benta e o seu primor de arte, não refere
as torres.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a> Nessa
altura já este jovem sacerdote deveria ter uma filha no lugar de Casavedra,
Junqueira, que casou em 1751 com um nobre.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a> Em 27
de Março, tinha-lhe morrido um escravo de nome João.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a> A
palavra epílogo talvez correspondesse a resumo. É conhecida uma crónica dos
frades lóios de Vilar de Frades, de 1658, que tem por título “<i>Epílogo</i> e Compêndio da Origem da
Congregação de São João Evangelista…”<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a> À
imagem deste apóstolo falta o cadeado que acorrentava Satanás.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a> Era
então Prior António Fernandes Lourenço de Lima, o imediato sucessor do Prior
Falcão. Naturalmente, não sabemos qual é anterior, se o retábulo da Lapa (mais
os retábulos colaterais), se o da Matriz.<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-22558012664485087572018-01-18T11:13:00.003-08:002018-09-20T03:36:34.960-07:00<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc503881169"><span style="font-size: small;">UMA VAGA DE MILAGRES</span></a><o:p></o:p></h2>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Da leitura da <i>Botica
Preciosa</i> deduz-se que a pregação do Pe. Ângelo de Sequeira era acompanhada
por frequentes milagres. Também se assinala uma pequena vaga de milagres ligados
à intercessão de Nossa Senhora da Lapa em Vila do Conde. Isso chegou até nós através
de ex-votos ou milagres e, indirectamente, através da grande obra da igreja. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O mais antigo beneficiado dum milagre foi um natural de São
Simão da Junqueira, terra do Prior Falcão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Ex-voto de João da
Costa, de São Simão (da Junqueira)<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Diz assim a sua cartela:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Milagre que fez Nossa Senhora da
Lapa de Vila de Conde a João da Costa, de São Simão, que estando em perigo de
vida, desenganado de médicos, e se apegou com a Senhora: Ela lhe deu saúde. Já
que fez tão grande milagre, por isso se mandou pintar. Ano de 1759.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Neste caso, Nossa Senhora encontra-se à esquerda da pintura,
não está envolta em auréola de nuvens e olha de frente para quem aprecia o
quadro. O seu manto, muito azul, cobre o que parece ser uma segunda capa de cor
vermelha viva. Sob ela, é que está o vestido branco.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Tem-se a impressão de que um véu lhe encobre parcialmente o
cabelo. Uma coroa pousa-lhe sobre a cabeça.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ao nível do peito, o manto alarga-se destacando um busto
muito volumoso. Os seus pés assentam talvez sobre nuvem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
É neste ex-voto que a imagem da Senhora da Lapa se parece
mais com a da <i>Botica Preciosa</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Pela cama, pelo seu dossel de cor branca, pela coberta, aparenta
ter sido pessoa de posses. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Os dois homens, o negro (escravo?) e o branco (cirurgião?),
não estão em atitude de oração, mas, em atitude de manifesta preocupação,
chamam a atenção para o doente; os seus olhares dirigem-se para quem olha para
o ex-voto, o mesmo fazendo o doente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Não há janelas e o chão da divisão da casa distingue-se mal
do que deviam ser as paredes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Já que fez tão grande milagre, por isso se mandou pintar”:
a pintura poderia não ser da iniciativa do beneficiado, mas da Confraria da
Lapa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Agostinho Araújo dá notícia de outros dois ex-votos de 1759,
“o quadrinho que celebrava a graça concedida pela Virgem, em 1759, a Manuel,
filho de Manuel Gomes, da freguesia barcelense de Chorente, oferecido por
pessoa de Chorente”, desaparecido, e “o ex-voto de Maria Baptista<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
mulher de Agostinho Lopes, de Vila do Conde, a qual, dando-lhe um acidente na
rua, logo melhorou ao invocar a divina Senhora da Lapa”, que será também do
mesmo ano marcante de 1759. Não é indicado o paradeiro dele.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Presumimos que este ex-voto se encontre num museu de Lisboa
e por isso recorremos à reprodução do trabalho de Agostinho Araújo. Face aos
precedentes, tem a originalidade de respeitar a pescadores e aos perigos do mar
e não a gente de terra. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Ex-voto de José Gomes
Visa e Manuel da Costa Craveiro<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Consta da cartela:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Milagre que fez Nossa Senhora da
Lapa a José Gomes Visa e a Manuel da Costa Craveiro, os quais, saindo nos seus
batéis com a sua gente, estando o mar e tempo bom, se levantou de tal sorte o
mar e temporal que, obrigados a dar-lhes a popa, como fizeram, entrando no
porto da Guarda milagrosamente por mercê da Senhora no ano de 1760.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Nossa Senhora olha do canto superior direito os dois barcos
que então navegam em mar sossegado. Gritante falta de perspectiva que permite
que o tamanho da representação da Senhora da Lapa tenha quase a dimensão dos
dois barcos; nestes distinguem-se minúsculos pescadores.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
João Gomes Visa vivia na Rua da Torre e devia ter um parente
sacerdote, de nome João Francisco Visa. O milagre aconteceu na Galiza. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Mais uma vez a imagem da Senhora lembra a da <i>Botica Preciosa</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Durante o período que se seguiu à pregação do Pe. Ângelo de
Sequeira, a devoção a Nossa Senhora da Lapa estendeu-se por larga área.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Ex-voto de Joaquim,
filho de André Pereira da Costa, de Vila do Conde<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Informa a cartela:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Milagre que fez Nossa Senhora da
Lapa a Joaquim, filho de André Pereira da Costa, desta Vila, da Rua de
Sobmosteiro, estando gravemente enfermo de bexigas, com uma convulsão, já
desenganado dos médicos, sem esperança de vida. E logo, recorrendo à dita
Senhora, lhe deu saúde no ano de 1761 anos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nossa Senhora foi pintada em posição frontal, mas a sua
cabeça e olhar dirigem-se para a cama. O seu manto é de um azul claro, com
forro vermelho, sobre uma veste branca com ramagens e de forro azul. Por baixo,
distingue-se um vestido de azul mais claro. Envolta em halo de nuvens, apoia-se
sobre uma base sustentada por três querubins. Não possui coroa, mas parece que
um véu lhe cobre os cabelos. A silhueta é globalmente volumosa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Semelhanças bastante evidentes com a imagem da <i>Botica Preciosa</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Das outras três pessoas do quadro, uma mulher (mãe? esposa?)
reza com o olhar dirigido para a Senhora e um homem, o “médico”, atende o
doente, que está naturalmente de cama.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A coberta do leito é azul e o dossel vermelho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
As paredes da divisão não têm nitidez e por isso não mostram
janelas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A data de 1761 é seguida de um arroba, que abrevia a palavra
anos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Aliás, só se pôde projectar por contar com tal adesão. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Os três quadros têm em comum a imagem de Nossa Senhora, a
cama em que jaz o doente e um pequeno conjunto de pessoas, familiares ou
porventura cirurgiões, os curandeiros encartados do tempo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Ex-voto de Alves
Gomes<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Sendo embora já do começo do séc. XIX, incluímos aqui o
ex-voto de Alves Gomes por nos parecer ainda bastante enquadrado na devoção
originada pela pregação do missionário apostólico brasileiro. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Leitura da cartela:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Milagre que fez Nossa Senhora da
Lapa <i>(a)</i> Alves Gomes, soldado, e a
sua mulher, desta Vila, que, achando-se doente com uma grande dor e em perigo
de vida, recorreu à mesma Senhora e em breve tempo melhorou, em Janeiro deste
ano de 1804.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Na pintura, vêem-se o doente na cama e a esposa em oração,
além de Nossa Senhora da Lapa. A representação da Mãe de Deus ainda lembra as
imagens originadas da divulgação do Pe. Ângelo de Sequeira, mas a uma distância
já grande em termos de vestes e de coroa. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Nossa Senhora foi pintada entre a suplicante e o doente, envolta
em halo nebuloso; apoia-se sobre três querubins. Dos lados, a meia altura, vêem-se
mais dois anjos à esquerda e à direita. O manto é branco, mas não liso, sobre
um vestido de vermelho retinto. Com coroa, mas sem véu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A silhueta é muito menos volumosa que a dos ex-votos anteriores
denotando notório afastamento da imagem da <i>Botica
Preciosa</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A suplicante reza sem fixar a Senhora, frente à cama onde
está o marido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A coberta da cama do soldado Alves Gomes é castanha, com
lençóis muito rendados. Dossel vermelho de menos aparato que o dos ex-votos
precedentes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O interior da casa é muito vagamente definido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Todos estas tábuas votivas apontam para a divulgação que o
Pe. Ângelo de Sequeira fez da devoção à Senhora da Lapa, mas os quatro que
datam de entre 1759 e 1761 lembram muito proximamente a sua acção em Vila do
Conde (bem como a do Prior Falcão que promoveu a construção da nova e sumptuosa
igreja).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBF-fGwEbdf4XRyy11XXGy4k-_sOQH5AMMhcRdCS57KX5jd-SMWeU2w1eUV2tgptMxdzTU-w5Y-34y_g2nZ7YW-i9F_ZEidbDj_g7o0NpiIUwX9sDIIiswS4yzuLPbJqMLImGZLSJNDQ0/s1600/1759+P3240207+b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1149" data-original-width="1600" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBF-fGwEbdf4XRyy11XXGy4k-_sOQH5AMMhcRdCS57KX5jd-SMWeU2w1eUV2tgptMxdzTU-w5Y-34y_g2nZ7YW-i9F_ZEidbDj_g7o0NpiIUwX9sDIIiswS4yzuLPbJqMLImGZLSJNDQ0/s320/1759+P3240207+b.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="MsoCaption">
<b>Ex-voto de João da Costa, de São Simão da Junqueira (1759)</b>.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRjDI7H7AtN2crgjS1GGJNGE6YumJRifrouK8A5KzDDW6V8fVcuo6jie1cW7NqWUAaYm_HqlOHfMQYs5VdfwyaomwWQzrcqu_NIgKWRIGyPQlZtfe1jWCHjg345SUgVbmlX-9DPO4n4dM/s1600/1760+lapa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="681" data-original-width="1025" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRjDI7H7AtN2crgjS1GGJNGE6YumJRifrouK8A5KzDDW6V8fVcuo6jie1cW7NqWUAaYm_HqlOHfMQYs5VdfwyaomwWQzrcqu_NIgKWRIGyPQlZtfe1jWCHjg345SUgVbmlX-9DPO4n4dM/s320/1760+lapa.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="line-height: 115%;">Ex-voto de José Gomes Visa e Manuel
da Costa Craveiro (1760)<span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj45ecVi9vbP19C8_IkCi6rCVGeDcuAuRADqcyN1A-IRGXYHHCq8dci-5tLI1Wes11IqM7GfckpBLC9akT-Vbz8e3FcGbfTu82OYD5pJJ8CC04b01Hm1AmJnYEGAAxRxWw3uoaDdc3-2RM/s1600/1761+P3240204+b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1104" data-original-width="1600" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj45ecVi9vbP19C8_IkCi6rCVGeDcuAuRADqcyN1A-IRGXYHHCq8dci-5tLI1Wes11IqM7GfckpBLC9akT-Vbz8e3FcGbfTu82OYD5pJJ8CC04b01Hm1AmJnYEGAAxRxWw3uoaDdc3-2RM/s320/1761+P3240204+b.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
<b>Ex-voto de Joaquim, filho de André Pereira da Costa, de
Vila do Conde (1761).</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXRLVCS4junt9DN_yYNqNXxdIjXb0gD1eXOylnUPThX5u0wYGnTju6PtGoi79qfphkeym1ReJhbDI4ZxPyUEavtw0PKSC_CpQIgeSSZVe7XS4t5BCRD-082ZWRDzuGoLf0EUPTO2b5pRc/s1600/1804+P3240208+c.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1318" data-original-width="1600" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXRLVCS4junt9DN_yYNqNXxdIjXb0gD1eXOylnUPThX5u0wYGnTju6PtGoi79qfphkeym1ReJhbDI4ZxPyUEavtw0PKSC_CpQIgeSSZVe7XS4t5BCRD-082ZWRDzuGoLf0EUPTO2b5pRc/s320/1804+P3240208+c.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoCaption">
</div>
<div class="MsoCaption">
<b>O ex-voto de Alves Gomes (1804).</b><o:p></o:p></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> Esta
Maria Baptista deve ser Mariana Baptista, da Calçada de São Francisco.<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-52506848210908070722018-01-18T11:13:00.001-08:002018-01-21T10:49:50.321-08:00III – TEMPOS RECENTES<div class="MsoNormal">
<b>O
TEMA DA INFÂNCIA DE JESUS NA ARTE VILA-CONDENSE E A TERCEIRA LAPA</b><b><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A diferença entre uma devoção que partia da lenda de Sernancelhe,
primeira Lapa, e a que assentava na Lapa de Belém, terceira Lapa, só podia ser
grande.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A nova devoção a Nossa Senhora do Presépio ia de encontro a
uma tradição muito arraigada em Vila do Conde.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A mais antiga manifestação artística que aí aponta para os
mistérios da Infância de Jesus encontra-se no túmulo quinhentista de Afonso
Sanches.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
No que resta do rico recheio dos coros de Santa Clara, conta-se
um quadro, do século XVIII ou XVIIII, com o presépio. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>A lenda da Menina do
Merendeiro<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
Mas este tema devia quer particularmente querido às clarissas
e por isso está numa das lendas de Santa Clara, a da Menina do Merendeiro, que
se resume:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Havia uma vez no mosteiro uma clarissa muito devota do
Menino Jesus. As outras irmãs criticavam-lhe aquela devoção, mas ela não ligava
e continuava como dantes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Certo dia pediu à abadessa para levar a merenda dela para
uma visita que tinha na cela. A abadessa, surpreendida, perguntou quem era essa
visita. Então ela confessou que era o Menino Jesus. A abadessa deixou. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Isto sucedeu várias vezes, até que um dia a abadessa foi ver
quem realmente era. Viu um menino e pensou que seria filho da Menina do
Merendeiro. Desconfiada, pediu a outras duas freiras idosas que fossem
observar. As três entraram na cela, mas já não encontraram o menino. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Um dia que as mesmas estavam na igreja a rezar repararam que
o Menino Jesus desaparecera do altar da Sagrada Família. Foram então ter com a
Menina do Merendeiro e acusaram-na de o ter roubado. Ela disse que não, e as
outras três pediram que fosse com elas ver. Ela respondeu que, se quisessem,
ia, mas não adiantava porque o Menino estaria na igreja. E assim aconteceu: o
Menino voltara. As outras três freiras pediram perdão a Deus e à Menina do
Merendeiro, que foi com elas rezar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Em tempos recentes o tema dos mistérios da Infância de Jesus
ganhara novo alento: no século anterior, na Capela de Nossa Senhora do Socorro,
tinham-se colocado uns ricos painéis de azulejo com as cenas da Infância<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><s>.<o:p></o:p></s></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhinR94liQ3McWjKZOGuXx3cTk1gbF91GBKlIFBSED1EP9UDYVTX8jysUeH0AIbaDefGl5BlsDgIZoiNKIK4gAcEjZir3G9HRbeKnQ-6OB_xu4dlGRXXodjmeMeOgYV6WiPlWwuHrJ-Dnk/s1600/reis+magos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="495" data-original-width="657" height="241" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhinR94liQ3McWjKZOGuXx3cTk1gbF91GBKlIFBSED1EP9UDYVTX8jysUeH0AIbaDefGl5BlsDgIZoiNKIK4gAcEjZir3G9HRbeKnQ-6OB_xu4dlGRXXodjmeMeOgYV6WiPlWwuHrJ-Dnk/s320/reis+magos.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Nas faces laterais da arca tumular de Afonso Sanches encontram-se
figuradas cenas da Infância de Jesus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7gJ4pbCvuJIVurQE9ai5ml08V-KHkCngdtDkUQqBrwvuq90803tLUJADisaSihUkQHLaYeSCYFIqd9hOMgG3XCReW0m8hrKRpjeNlKWQtCoC_yRzK6rKISkkCEZB6a8CpQs3GYFTrRxU/s1600/jesus+menino.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7gJ4pbCvuJIVurQE9ai5ml08V-KHkCngdtDkUQqBrwvuq90803tLUJADisaSihUkQHLaYeSCYFIqd9hOMgG3XCReW0m8hrKRpjeNlKWQtCoC_yRzK6rKISkkCEZB6a8CpQs3GYFTrRxU/s320/jesus+menino.JPG" width="204" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Quadro com Jesus Menino.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheY0FxyrkhppPljWUKfvmoov_3fwCzm5DNECXcAJ8csM4wimu-WidWEFoFeUAcTpIwWYEshk640gkkthujHZQMsBKiimH22NfIgeG708lrFdqQRnqR1FbBj0TlOGq53Q51JefbsYpjHdE/s1600/natividade.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1150" data-original-width="1600" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheY0FxyrkhppPljWUKfvmoov_3fwCzm5DNECXcAJ8csM4wimu-WidWEFoFeUAcTpIwWYEshk640gkkthujHZQMsBKiimH22NfIgeG708lrFdqQRnqR1FbBj0TlOGq53Q51JefbsYpjHdE/s320/natividade.JPG" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
O Presépio num dos painéis de azulejos da Capela de Nossa
Senhora do Socorro.<o:p></o:p></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt;"><br clear="all" style="mso-special-character: line-break; page-break-before: always;" />
</span>
<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> Entretanto,
tornara-se bastante comum começar os testamentos com as iniciais JMJ, isto é,
Jesus, Maria e José. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoFootnoteText">
Já vimos que o sobrinho de Manuel de Jesus Castelo se
chamava José do Nascimento Castelo. Nascimento deve ser o de Jesus.<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-68176687616994736942018-01-18T11:12:00.006-08:002018-02-28T03:40:43.023-08:00<h2>
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc503881172"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc445207460"></a>A RUA DA SENHORA DA LAPA</span><o:p></o:p></h2>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>O século XIX<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Com o virar do século, a devoção a São
Bartolomeu não se extinguiu, mas perdeu com certeza muito do seu antigo vigor<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Começou-se a falar da Capela da Lapa, do lugar da Lapa e até da Rua da Lapa.
Que a capela se chamava da Lapa já vem no assento de óbito de Manuel André
falecido a 6 de Dezembro de 1790 e será confirmado depois de vários modos.<o:p></o:p></span><br />
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Aos seis dias
do mês de Dezembro de mil setecentos e noventa faleceu repentinamente de uma
apoplexia, andando trabalhando no seu campo, e sem sacramentos e testamento,
Manuel André, lavrador, casado e morador junto à <i>Capela da Senhora da Lapa</i>, e aos sete dias do dito mês e ano foi
sepultado na Matriz desta Vila (…)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Rua
de S. Bartolomeu ou Rua Senhora da Lapa?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">À rua que sempre se chamara Rua de São
Bartolomeu, chamava-se, num assento de óbito de 1805, Rua da Senhora da Lapa:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Aos vinte e
três dias do mês de Abril de mil oitocentos e cinco, faleceu com todos os
sacramentos e com testamento Dona Francisca Constância Caetana Dinis, viúva que
ficou de Francisco José Teixeira <i>(ilegível)</i>,
da <i>Rua da Senhora da Lapa</i> desta Vila,
e no mesmo dia foi conduzida à Igreja de São Francisco, com enterro geral, e aí
foi sepultada (…)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Os livros da décima conhecem uma D.
Francisca Constância na Rua de São Bartolomeu, lado sul, sem dúvida junto ao
aqueduto, ao menos desde 1773. Como é certamente a mesma do assento, deve ter
enviuvado muito cedo. Devia ser contemporânea da construção da Igreja da Lapa e
da colocação da talha neoclássica, para a qual pode ter contribuído.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Sendo assim, a Rua de S. Bartolomeu
continuava com este nome nos livros da décima, mas ao nível popular já mudara
há tempos para Rua da Senhora da Lapa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A
aguarela de Vivian<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">De começos do século há uma boa
aguarela do pintor inglês Vivian que mostra a paisagem que se desfrutaria de um
ponto pouco a norte da frente da Igreja da Lapa olhando para sul<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Vêem-se as magníficas torres da igreja e, à distância, o Convento de São
Francisco, maior do que o suporíamos, o amontoado de edifícios do Mosteiro de
Santa Clara e ainda, do lado direito, os arcos do aqueduto. Ao centro, em primeiro
plano, dois homens, um que parece fidalgo e outro popular, entretêm-se em
conversa com uma mulher jovem, sentada numa pedra. Por trás deles, além dum
terceiro homem, ainda se admiram os campos que se estendem até aos conventos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A aguarela dá-nos uma vista algo
surpreendente sobre este recanto do pequeno concelho de Vila do Conde.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Em
1811<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Em 1811, quando foi preciso arrecadar
um imposto extraordinário para a guerra contra os napoleónicos, de entre irmandades
e confrarias, a “devoção de Nossa Senhora da Lapa” foi uma das que mais pagou
(depois da Ordem Terceira, da Confraria do Santíssimo e da das Almas).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Na Ordem Terceira, conserva-se uma
imagem de Nossa Senhora da Lapa à imitação da do Pe. Ângelo de Sequeira. Pode
vir ainda do século XVIII.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal">
<b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Os moradores do lugar de Nossa Senhora da Lapa em 1833<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="left" class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No rol da décima de 1833, menciona-se o lugar da Lapa. Eram
estas as pessoas que nele viviam e a décima que pagavam:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Herdeiros de Ana Maria, por casas-torres – 240 réis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
José António Farinha, por casas altas – 280 réis; mais um
maneio de 100 réis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O Pe. José Francisco, de Formariz, por casa térrea – 100
réis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
António Fernandes da Lapa, por casas de sua morada – 160
réis; mais um maneio de 100 réis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Um assento de baptismo 21 de Maio de 1834 menciona um Pe.
João Fernandes Lapa, do lugar de Nossa Senhora da Lapa, que devia estar de lá
ausente desde há anos e foi padrinho por procuração. Era naturalmente parente
de António Fernandes da Lapa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Numa relação, feita em 1836, de propriedades que pagavam
foros a Santa Clara, há um item que diz:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Lugar de Nossa Senhora da Lapa<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Os oficiais da Confraria de São
Bartolomeu e Nossa Senhora da Lapa, pelo terreno em que fizeram a casa do
ermitão, junto à capela, pagavam 10 réis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Alguns moradores da
Rua de S. Bartolomeu em 1833<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Entre o lugar da Lapa e a Rua de S. Bartolomeu, devia mediar
perto de meio quilómetro. Nesta rua havia gente nobre, gente endinheirada e
certamente muita outra de poucas posses. Registam-se os nomes de quase todas as
pessoas que aí viviam ou tinham haveres em 1833, o ano bem penoso em Vila do
Conde que precedeu a chegada do liberalismo (assinalam-se com asterisco as que
já aí residiam em 1805):<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Lado norte, a partir de nascente:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
José António Dias*, Rosa Maria Cardia*, João Martelinho
Pereiro, Lourenço de Barros, Francisca Teresa, Pe. João José Teixeira de Faria,
António José Dias, António José Gavino, José António Vairão, Pe. Manuel Gomes
Dias, Manuel António Antunes, António Pereira Coutinho de Vilhena Rangel, Rafael
Carneiro* e António Carneiro de Figueiredo. <s><o:p></o:p></s></div>
<div class="MsoNormal">
Lado sul, também a partir de nascente:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
António José Dias, José Alves*, José Pereira dos Reis, Manuel
José Pereira dos Reis, António Fernandes, António Lopes Magalhães, Pe. Manuel
Gomes Dias, Maria Rosa Joaquina*, António Pereira Coutinho de Vilhena Rangel e
Manuel Pamplona.<s> <o:p></o:p></s></div>
<div class="MsoNormal">
Há nesta listas alguns nomes que nos merecem particular atenção:
António Pereira Coutinho de Vilhena Rangel, Rafael Carneiro (de Sá Bezerra),
Manuel Pamplona, António José Dias, Pe. João José Teixeira de Faria, José António
Dias e Maria Rosa Joaquina. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Os três primeiros pagavam todos muito e pelo menos dois
deles erem nobres ricos e influentes. António Pereira Coutinho de Vilhena
Rangel era solteiro e dono da casa onde hoje está o Centro de Memória. Manuel
Pamplona deveria ser seu familiar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Os quatro últimos viriam a ser todos benfeitores da Lapa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Há vários casos de moradores que têm propriedades de um e
outro lado da rua.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>O Pe. João José
Teixeira de Faria e a sua sala de aula<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Pe. João José Teixeira de Faria na verdade não era padre
pois não se ordenara, mas chamavam-lhe assim, como chamavam a outros que também
tinham frequentado o seminário.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Desde 1826 a cerca de 1855, ele foi professor oficial de
Gramática e Língua Latina, que era a única cadeira do ensino secundário que se ministrava
em Vila do Conde.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A sua sala de aula ou escola – uma divisão da sua casa –
ficava do lado norte da “Rua de S. Bartolomeu”, ao pé do aqueduto, provavelmente
quase em frente da rendosa loja de comércio de Maria Rosa Joaquina. À frente
voltaremos a ele.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
As aulas ocupariam duas horas e meia de manhã e outras
tantas de tarde, haveria um mês de férias, o de Setembro, e também pausas pelo
Natal e pela Páscoa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Foi grande benfeitor da Igreja da Lapa e com certeza foi ele
que custeou os medalhões do tecto dela.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Enterros
no adro da Igreja da Lapa em tempo de peste<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Em Julho e Agosto de 1833, abateu-se
sobre Vila do Conde uma devastadora epidemia de cólera. A princípio, os cadáveres
foram enterrados na Matriz, como era usual, mas depois, na semana de entre 3 e
9 de Agosto, passaram a ser sepultados no adro da “Capela da Senhora da Lapa”.
Enterraram-se aí 31, quase todos de mulheres.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Por essa altura, já os Mindeleiros, que
os vila-condenses em Junho tinham altivamente recusado na Vila, se encontravam
no Porto, cercados pelas tropas miguelistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOh9XHQd15TLukdSsiuue0LDtY9H8MCXXJrGzV4ZP-EAqLiO17Ejgp1AvWz4WDWmFPO7s0J6xt1XXSVBxkSYLz2REU6PhHPqhtg-_Cb2JGuwaiz2u8bJClgn4-Qw2cEErTRVPTB6t2DnI/s1600/1790+PT-ADPRT-PRQ-PVCD28-003-0027_m0355+lavrador%252C+p+1+cimo+j+capela+sra+da+Lapa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="521" data-original-width="953" height="174" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOh9XHQd15TLukdSsiuue0LDtY9H8MCXXJrGzV4ZP-EAqLiO17Ejgp1AvWz4WDWmFPO7s0J6xt1XXSVBxkSYLz2REU6PhHPqhtg-_Cb2JGuwaiz2u8bJClgn4-Qw2cEErTRVPTB6t2DnI/s320/1790+PT-ADPRT-PRQ-PVCD28-003-0027_m0355+lavrador%252C+p+1+cimo+j+capela+sra+da+Lapa.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Neste assento de óbito de 1790, a antiga Capela de São
Bartolomeu já é designada por <i>Capela da
Senhora da Lapa </i>(o lavrador Manuel André, “morador junta à <i>Capela da Senhora da Lapa</i>” morrera
repentinamente, duma apoplexia).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgrcB5XVq-sMV-j23bH08LIhY2JqSocuvpztk0KhlNP7zB0xwiFe_SLdAointC0RCfl06d1u3Hs4fyJgTXCAEJurolS74_REe6C-AErDoDXQANAKKZa3J8A8d_WnuS_stXqNlSx-cgYHs/s1600/1805+b+PT-ADPRT-PRQ-PVCD28-003-0027_m0411+r+sra+da+lapa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="308" data-original-width="995" height="99" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgrcB5XVq-sMV-j23bH08LIhY2JqSocuvpztk0KhlNP7zB0xwiFe_SLdAointC0RCfl06d1u3Hs4fyJgTXCAEJurolS74_REe6C-AErDoDXQANAKKZa3J8A8d_WnuS_stXqNlSx-cgYHs/s320/1805+b+PT-ADPRT-PRQ-PVCD28-003-0027_m0411+r+sra+da+lapa.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Neste assento de óbito de Dona Francisca Constância Caetana
Dinis (1805), diz-se que a falecida residira na <i>Rua da Senhora da Lapa</i>. A devoção a São Bartolomeu estava a ser
esquecida ou pelo menos secundarizada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0R8G5FcfES_PmhIJVjrF4MpQADryv6nO3ETIAEJvXmGTQDyVmwo0xxwZqqXHU9pnYk0ARHhnlwqf9uypuWKuhsAaY1gAh6RqolIP98wW9yNK3TNyTQw_BnDrskfecVL_tdJhEwbXUOdA/s1600/sra+da+lapa+aguarela+inglesa+b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="744" data-original-width="1200" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0R8G5FcfES_PmhIJVjrF4MpQADryv6nO3ETIAEJvXmGTQDyVmwo0xxwZqqXHU9pnYk0ARHhnlwqf9uypuWKuhsAaY1gAh6RqolIP98wW9yNK3TNyTQw_BnDrskfecVL_tdJhEwbXUOdA/s400/sra+da+lapa+aguarela+inglesa+b.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Reprodução da aguarela de Vivian (começos do século XIX)
que mostra as torres da Igreja da Lapa, Santa Clara, S. Francisco e ainda parte
do aqueduto. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvjHMD2phE0iZbfovE-zUlLJOiNbg1kHAb5cFtCUi1dYzOsR2uCGN7nRZw-EDyqwUjuQY_l5sOtyz22c21WNmw7aVvJgMLD6RBB2BfX64xtfeGTNal7G2i4iwwCMEhwOjXx0dEtCCuW0U/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="830" data-original-width="592" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvjHMD2phE0iZbfovE-zUlLJOiNbg1kHAb5cFtCUi1dYzOsR2uCGN7nRZw-EDyqwUjuQY_l5sOtyz22c21WNmw7aVvJgMLD6RBB2BfX64xtfeGTNal7G2i4iwwCMEhwOjXx0dEtCCuW0U/s320/3.jpg" width="228" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Retrato do “padre” João José Teixeira de Faria; o livro na
mão recorda a sua actividade de professor. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiziF3p6Jpz7Sdj18tkUWC0OMczcnm_5rsNS6HhoqIwBKBDcSNNVTO96iFLG1sRpqBkaJbVDYB_LZ6sM60ng9rJmAml9tQXd_C8VufqVgKoqdWWP9ZdOEPSwO-Fp7KqKOG12umwOAOrLtc/s1600/PT-ADPRT-PRQ-PVCD28-003-0028_m0045+enterros+na+lapa+pequeno.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="503" data-original-width="787" height="204" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiziF3p6Jpz7Sdj18tkUWC0OMczcnm_5rsNS6HhoqIwBKBDcSNNVTO96iFLG1sRpqBkaJbVDYB_LZ6sM60ng9rJmAml9tQXd_C8VufqVgKoqdWWP9ZdOEPSwO-Fp7KqKOG12umwOAOrLtc/s320/PT-ADPRT-PRQ-PVCD28-003-0028_m0045+enterros+na+lapa+pequeno.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Assentos de óbito de pessoas falecidas na peste de 1833 e
sepultadas no adro da Igreja de Nossa Senhora da Lapa.<o:p></o:p></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> Não
são conhecidos ex-votos dedicados a este apóstolo…<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> Por
cerca de 1990 vimos no numa montra no Porto o original ou uma cópia muito
perfeita desta aguarela. Era uma pintura encantadora, cheia de luz.
Recordamo-nos que nos pediram por ela nove contos.<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-34965081640875438102018-01-18T11:12:00.003-08:002018-01-21T10:46:45.229-08:00<div class="MsoNormal">
<b>CISMÁTICOS NA LAPA</b></div>
<h2 style="margin-right: 15.5pt;">
<o:p></o:p></h2>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">O
cisma liberal<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os liberais, que em 1834 tomaram o poder em Portugal, eram
de inspiração maçónica e não hesitaram em mergulhar o país em cisma, cortando
relações com a Santa Sé, extinguindo as Ordens Religiosas, fechando os
seminários e colocando à frente das dioceses homens que lhes eram fiéis e não
tinham em conta a obediência ao Papa. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O encerramento dos conventos de São Francisco e do Carmo –
mais de um mês antes do decreto do Mata-Frades – há-de ter tido um efeito
profundo na vida religiosa de Vila do Conde e por isso também na Igreja da
Lapa. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O Mosteiro de Santa Clara, como as outras casas religiosas
femininas, não foi encerrado, mas entrou em morte lenta por não poder admitir
noviças.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>A Misericórdia,
instituição cismática<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nos anos que precederam a vitória liberal, na direcção da
Misericórdia de Vila do Conde estavam só daqueles homens que depois se
manifestaram a favor do novo regime. E a situação naturalmente piorou após os
liberais se apoderarem da direcção da câmara.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Em Junho de 1834, o prior vila-condense, que se chamava
António Francisco Lopes e era vila-condense, da Rua dos Pelames (era devoto de
Nossa Senhora da Lapa), foi expulso em Junho por Paulino de Carvalho, que
naturalmente era afecto ao liberalismo e ao cisma. Mas, em 1839, este acabou
também expulso. Sucedeu-lhe o terrível Domingos da Soledade Silos, que era uma
combatente cismático e paroquiou Vila do Conde até 1850. Fizeram-no pregador
régio, tendo pregado algumas vezes para a corte na Igreja da Lapa do Porto. Tem
retrato na Misericórdia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Os benfeitores da Igreja da Lapa que se referirão no
capítulo seguinte foram todos benfeitores da Misericórdia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>A Igreja da Lapa no
inquérito de 1845<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Porventura por verificar que a Igreja da Lapa da sua paróquia
tinha semelhanças muito próximas com a do Porto, o Pe. Silos falou dela com
entusiasmo em 1845:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
A Igreja da Lapa, templo
riquíssimo pela arquitectura e tão decente no seu interior que Sua Ex.cia o Senhor
D. Frei Caetano Brandão, quando o visitou, lhe concedeu licença perpétua para
nele se expor o Santíssimo Sacramento. Foi fundação dos povos e fiéis da vila e
são ainda hoje os que a sustentam; tem os necessários e decentes paramentos
para celebrar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Compare-se com esta insípida nota de 1825:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 70.8pt;">
A capela de Nossa Senhora da Lapa
é venerada pelos confrades e devotos; está decente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 70.8pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Ex-voto de Rita da
Piedade de Sousa<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O ex-voto de Rita da Piedade de Sousa, de 1845, testemunha
um grande milagre, a recuperação da visão por esta senhora vila-condense!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sua legenda:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Testemunho de gratidão que dá a
Jesus, Maria e José Rita da Piedade de Sousa, desta Vila, a qual, estando
inteiramente cega e sujeitando-se a operação de catarata, por intercessão da
Sagrada Família, recuperou a sua vista em 1845.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A gratidão à Sagrada Família supõe a já referida reorientação
da devoção na Capela da Senhora da Lapa. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
As roupagens das figuras sagradas são bastante simples, algo
ocidentais. As da miraculada, do médico e do outro homem e mulher devem ser
bastante próximas das do uso naquele ano de 1845.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Este ex-voto vem, naturalmente, do tempo do prior Domingos
da Soledade Silos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Este ex-voto de Rita da Piedade de Sousa deve-se encontrar
no Porto, levado por Rocha Peixoto. Muito importante a representação da Sagrada
Família.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Os medalhões do tecto
da Lapa<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O tecto da Igreja da Lapa ostenta dois medalhões, um no do
corpo da igreja, outro no da capela-mor. O primeiro apresenta-se num estado de
conservação bastante bom, metade do segundo está apagado<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O do corpo da Igreja,
além do medalhão propriamente dito, com a sua moldura também pintada, possui
uma larga envolvência pictórica, com motivos de procedência clássica, destinada
certamente a realçar a sua importância e a evitar que ele ficasse muito isolado
na vasta superfície do tecto. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
É aceitável concluir que os dois formam um conjunto, que se
complementam para promover uma única mensagem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O do corpo da igreja está inclinado para a esquerda e mostra
um pastor muito enroupado e de cajado, entre as suas ovelhas, que se acolhe à
sombra duma pequena árvore. Por sobre a cabeça, no alto, paira um pequeno grupo
de anjos músicos (todos têm instrumentos, mas sempre diferentes). O quadro pode
representar o anúncio do nascimento do Salvador aos pastores de Belém que se lê
no Evangelho de São Lucas (cap. 2, 8-14).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
No medalhão da capela-mor, a parte correspondente ao pastor
do anterior está bastante apagada, como já foi dito, talvez devido a alguma
persistente infiltração de água. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ao cimo, representa-se um minúsculo Olho de Deus<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
e logo a seguir foi colocada uma inscrição latina coleante que não tem uma
única palavra correctamente grafada. Leitura da inscrição: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
COLUND NEAIN FORAMINEV.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O Prof. José Emídio Martins Lopes deu-se ao cuidado de a
identificar e concluiu que queria reproduzir o início desta frase do Cântico
dos Cânticos 2, 14:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<i>Columba mea in foraminibus </i>petrae, in caverna maceriae, ostende
mihi faciem tuam, sonet vox tua in auribus meis, vox enim tua dulcis et facies
tua decora. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Versão para português:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Minha pomba, nas fendas do
rochedo,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
No escondido dos penhascos,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deixa-me ver o teu rosto,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Deixa-me ouvir a tua voz.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
Pois a tua voz é doce<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
E o teu rosto encantador.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sob a inscrição distingue-se com clareza o desenho duma
pomba.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O Cântico dos Cânticos, livro de tema amoroso atribuído a
Salomão mas escrito mais de sete séculos após a morte deste rei, é altamente poético
e faz a delícia dos místicos, que o lêem alegoricamente, passando do canto do
amor humano para o canto do amor divino<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
No caso da Igreja da Lapa, pretendeu-se certamente que o
pastor e os anjos do primeiro medalhão e a pedra do segundo se referissem a
Belém e à Lapa do Presépio. “Columba mea in foraminibus petrae” (“Minha pomba,
nas fendas do rochedo, no escondido dos penhascos”) deve equivaler a “Jesus
Menino, na gruta da Lapa”. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Se isto for verdade, os medalhões teriam sido pintados em
meados do século XIX quando era prior de Vila do Conde o Pe. Domingos da
Soledade Silos e na Rua da Lapa vivia o professor de latim João José Teixeira
de Faria.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ignoramos quem tenha sido responsável pelos erros da frase
latina.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">O
concelho de Vila do Conde alargado<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Se a capela original de São Bartolomeu
era como que uma sentinela à entrada nascente de Vila do Conde, isso mudou
inteiramente com o alargamento do concelho pelos liberais em 1836, que o
cresceram muito nessa direcção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Apesar se então já haver entre a Vila e
Azurara, a importância da Rua de São Bartolomeu ainda diminuíra pouco, o que só
acontecerá com a abertura das novas estradas a partir da década de 60. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>A anexação de
Formariz a Vila do Conde<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Provavelmente em 1867, a freguesia de Formariz foi anexada a
Vila do Conde, já que nesse ano terminam os assentos paroquiais e no ano
seguinte a junta de Vila do Conde o era também de “Formariz, anexa”. Embora
antes já estivesse integrada no concelho, quebrava-se assim alguma barreira que
restasse para a adesão dos fiéis de Formariz à Lapa<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0byua24j7RubdOMweTPAaUU-FV46wVBS7f9Kip99PKMwgcBD6zYHABNx39A0wTarbkgZ_5ngqIJ_zNWUvaJkAVYvrJ5VxTculFUpulP5hgZlLVaOdwVy9YAQXxUNBWuMBjLRmWlw407Q/s1600/6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="741" data-original-width="536" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0byua24j7RubdOMweTPAaUU-FV46wVBS7f9Kip99PKMwgcBD6zYHABNx39A0wTarbkgZ_5ngqIJ_zNWUvaJkAVYvrJ5VxTculFUpulP5hgZlLVaOdwVy9YAQXxUNBWuMBjLRmWlw407Q/s320/6.jpg" width="231" /></a></div>
<br />
<div class="MsoCaption">
Irmão da Misericórdia, o Pe. Silos tem lá também o seu
retrato.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgz5sGIeBMmfjcqa_78qAfsiD-DErZOLfYe7Crd788enG7-CSAOFMQy27QcW6lfdDp6w1d0Y9oSJmb_AYQunRHT4YWW8Gc_H2F0wyv4aT6MxmukiCEAvhgjzaFxLRexSHQZjDil2rS1OZI/s1600/1845+lapa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="276" data-original-width="495" height="178" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgz5sGIeBMmfjcqa_78qAfsiD-DErZOLfYe7Crd788enG7-CSAOFMQy27QcW6lfdDp6w1d0Y9oSJmb_AYQunRHT4YWW8Gc_H2F0wyv4aT6MxmukiCEAvhgjzaFxLRexSHQZjDil2rS1OZI/s320/1845+lapa.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoCaption">
Ex-voto de Rita da Piedade de Sousa.</div>
<div align="left" class="MsoNormal">
<o:p> </o:p> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfCmD25yMpW1sOEvNZaflBYe3F3K52ZsoFrVRVG3cw5RJFz2h7ZhYWORrNomhtLmQ4HBJCaMOOIyJzyQq5uLIkgV7vxG_1ASo6iC7ey7b-At4eD5Kww1_w-at3hcdWMibBMHpLcnGPLUY/s1600/P1020193+b.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="978" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfCmD25yMpW1sOEvNZaflBYe3F3K52ZsoFrVRVG3cw5RJFz2h7ZhYWORrNomhtLmQ4HBJCaMOOIyJzyQq5uLIkgV7vxG_1ASo6iC7ey7b-At4eD5Kww1_w-at3hcdWMibBMHpLcnGPLUY/s320/P1020193+b.JPG" width="195" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Medalhão do tecto do corpo da
Igreja da Lapa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2Rmk36TCxGoNYjNULUK7H22CMs_E8-vMeWdD9nct2upjyd4Srd75zR245jlaLA6kkPzlYKAv29l_G-R1W0L18z8mxap7xgU9Ig5bMW2CkXUEB8UhdI3m68lFXRP_JKQ1FwvJTcBC43cA/s1600/P2250155+bb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="986" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2Rmk36TCxGoNYjNULUK7H22CMs_E8-vMeWdD9nct2upjyd4Srd75zR245jlaLA6kkPzlYKAv29l_G-R1W0L18z8mxap7xgU9Ig5bMW2CkXUEB8UhdI3m68lFXRP_JKQ1FwvJTcBC43cA/s320/P2250155+bb.jpg" width="197" /></a></div>
<br />
<div class="MsoCaption">
Medalhão do tecto da capela-mor.<o:p></o:p></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> Na
Igreja Paroquial de Arcos, que vem de 1855, abunda a pintura quer no tecto quer
nas paredes da capela-mor e mesmo nas do corpo do templo. Na de Touguinhó, há o
painel do retábulo-mor, que deve remontar a 1842 ou anos seguintes. Os
medalhões da Igreja da Lapa têm assim um enquadramento em termos de pintura ao
serviço da divulgação duma mensagem religiosa.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> Há
uma representação do Olho de Deus num ex-voto de 1838 à Santa Cruz de Balasar e
na capela-mor da Igreja Paroquial de Arcos. <o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> Esta
passagem do sentido literal para o alegórico foi, em tempos, estendida a todo o
texto bíblico; o grande sábio vila-condense Pe. Manuel de Sá, SJ (1530-1596),
foi um dos primeiros estudiosos modernos a reivindicar o regresso ao sentido
literal.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a> Esta
anexação não foi pacífica. Segundo documentação do Arquivo Municipal, ainda em
1876 “o juiz, tesoureiro, devotos e zeladores da Igreja de Formariz” se
recusavam a dar ao inventário da Matriz “as alfaias, paramentos e fundos
daquela Igreja”. O governador civil mandou que o caso seguisse para o tribunal.<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-69904086270291909552018-01-18T11:12:00.001-08:002018-01-22T08:33:56.812-08:00<div class="MsoNormal">
<b>TABELA
DE LEGADOS ESTABELECIDOS EM BENEFÍCIO DE NOSSA SENHORA DA LAPA</b></div>
<h2 align="left" style="margin-right: 15.5pt;">
<o:p></o:p></h2>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Guarda-se na sacristia da Igreja da Lapa um quadro com a “Tabela
de Legados estabelecidos em benefício de Nossa Senhora da Lapa”. Muito do que
com grandes cuidados de caligrafia lá se escreveu (sobretudo a parte final)
está hoje ilegível ou apagado. Mas é possível identificar a maior parte dos
nomes dos benfeitores, que são de meados do século XIX. Foram eles: Manuel de
Jesus Castelo e mulher, João José Teixeira de Faria, Maria Rosa Joaquina, José
António Dias, João António Dias, António José Dias, D. Maria do Patrocínio
Ferreira Barbosa, João José Moreira <i>(ilegível)</i>
de Faria e Rita Maria dos Reis.<strong><span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;"><o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNormal">
Trata-se no geral de benfeitores da Santa Casa da Misericórdia
e assim cinco deles estão bem identificados no livro <i>Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde. Um Legado. 1510-1975.</i> <i>I volume.</i> Além de informação escrita,
até lá vêm os seus retratos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>1.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>Manuel de Jesus Castelo e mulher, Maria Joaquina
Carneiro<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os mais notáveis destes benfeitores da Igreja de Nossa Senhora
da Lapa foram Manuel de Jesus Castelo e esposa, que legaram 390.000 réis à
Misericórdia com obrigação de dar anualmente, “no dia do SS. Nome de Jesus,
3.200 réis para a festa de Nossa Senhora da Lapa, que consistiria em missas a
canto chão (<i>ilegível)</i> e mais a obrigação das missas
rezadas seguintes: uma missa no dia de Nossa Senhora da Lapa, uma no dia de
Santo André, outra no dia de São Bartolomeu”. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Manuel de Jesus Castelo, que ocorre ligado à câmara desde
1824 ao menos, morou na Praça Velha e morreu a 13 de Dezembro de 1856, tendo o
seu corpo sido sepultado no Adro da “Igreja ou Capela de Nossa Senhora da
Lapa”. Deixou os seus bens ao sobrinho José do Nascimento Castelo. Nos anos
difíceis de 1835/36, foi vereador fiscal, então o vereador com mais responsabilidade,
chegando a presidir algumas vezes às sessões. Foi igualmente piloto-mor da
barra.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>2.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>João José Teixeira de Faria<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
João José Teixeira de Faria, a que já nos referimos, era filho
de Domingos Teixeira Soares e Rosa Miquelina, e nasceu cerca de 1775, viveu na
“Rua de São Bartolomeu”, próximo do aqueduto. Deu os primeiros passos para a
ordenação sacerdotal, mas não foi além de clérigo <i>in minoribus, </i>apesar de no seu retrato na Misericórdia ser
identificado como padre<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Foi professor oficial de gramática e língua latina desde 1826 até cerca de 1855
e por isso o seu nome é referido frequentemente em documentos municipais; deve
ter ensinado latim a gerações sucessivas de jovens vila-condenses e mesmo a
jovens de algumas terras não integradas no concelho. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Em 1843, sucedeu ao Pe. Silos como ministro da Ordem
Terceira.<strike><o:p></o:p></strike></div>
<div class="MsoNormal">
Deixou um legado “para se fazer no dia de Natal a festividade
do nascimento do Menino Deus com o Senhor exposto, sermão e missa cantada”;
estes actos religiosos teriam lugar na Igreja da Lapa, caso contrário não
haveria razão para ele figurar na Tabela de Legados. O seu donativo à
Misericórdia remonta a 8 de Fevereiro de 1846.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>3.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>Maria Rosa Joaquina <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Maria Rosa Joaquina era uma comerciante solteira da Rua dos Ferreiros com propriedades na Rua de São Bartolomeu; deixou à Misericórdia um legado de um conto e meio. Para
a Capela da Senhora da Lapa determinou que fosse rezada uma missa aos domingos
e dias santos de guarda por sua alma. Faleceu em 21 de Outubro de 1848.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>4.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>José António Dias<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
José António Dias era também comerciante, casado, morador na
Rua do Barroso (actual Rua do General Lemos), mas com bens na Rua de S.
Bartolomeu, e deixou igualmente um conto e meio à Misericórdia. Como a
benfeitora anterior, também deixou que na Lapa fosse rezada uma missa aos
domingos e dias santos de guarda por sua alma. Faleceu em 15 de Setembro de
1851.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>5.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>João António Dias<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
João António Dias legou à Misericórdia dois contos e duzentos
mil réis. O estado da Tabela de Legados, onde consta o seu nome, não nos
permitiu identificar o legado deixado à Lapa. No livro da Misericórdia não
vimos o seu nome.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>6.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>António José Dias<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
António José Dias, também comerciante, solteiro, “morador à
Senhora da Lapa”, legou à Misericórdia um conto e setecentos mil réis<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Inscreveu-se como irmão da Misericórdia em 15 de Fevereiro de 1846 e faleceu
logo em 18 do mesmo mês e ano. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Dos três homens anteriores, dois, se não todos, deveriam ser
irmãos e, até pela posição social que deviam possuir, tiveram alguma
intervenção política, em especial o primeiro, que foi procurador da câmara no
início do período liberal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>7.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>D. Maria do Patrocínio Ferreira Barbosa <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Esta senhora terá deixado à Confraria da Lapa 39.000 réis,
com obrigações que não conseguimos especificar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>8.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>Rita Maria dos Reis<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
No livro da Misericórdia consta uma Rita Xavier dos Reis que
deixou “uma missa rezada aos dias santos dispensados na Capela de Nossa Senhora
da Lapa desta Vila por alma de seu falecido irmão Padre João de Sousa Reis
Cerqueira”. Como na Tabela dos Legados ocorre uma Rita Maria dos Reis, pode
tratar-se da mesma pessoa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>9.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>D. Teresa Ludovina de Azevedo Mendanha Coutinho<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O nome desta senhora não está legível na Tabela dos Legados,
mas muito provavelmente constava nela. Fez testamento em 5 de Junho de 1851 e
deixou à Capela de Nossa Senhora da Lapa 200.000 réis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>10.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>José do Nascimento Castelo<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
José de Nascimento Castelo, sobrinho de Manuel de Jesus
Castelo, há-de ter sido um homem abastado e muito
activo. Era natural da Ericeira e porventura filho de algum oficial que tivesse
prestado serviço no Castelo. Viveu na junto à Praça Nova. Teve papel importante na Ordem Terceira.
O seu nome ocorre em muitos documentos do arquivo municipal. Fez dois testamentos, um em 7 de Julho de 1890 e outro em 25 de Março de 1895, deixando 400.000 réis à Senhora da Lapa, mas não foram propriamente um
donativo ante o pagamento de dinheiro que estava na sua posse.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Não há razão para não constar da tabela.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Era juiz da Confraria da Lapa em 1877 e faleceu em 14 de Abril de 1894.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>E o arquivo da
Confraria?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Os livros dos irmãos, os livros de inventário, as sucessivas
reformas dos estatutos, os livros dos legados, das contas, nada disso se
conservará? Parece-nos pouco provável…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Aliás, Ouvidor da Costa, em 1991, citou o Tombo de 1906.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Rua da Lapa<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
A designação de Rua da Lapa, em substituição da anterior de
Rua da Senhora da Lapa, deve ter sido adoptada cerca de 1870, talvez após a via
ter sido alargada e melhorada no seu piso. Prolonga-se actualmente pela área da
antiga Formariz até Touguinha, sendo uma das mais extensas de Vila do Conde.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Foi também na década de 1870 que se abriu a linha do caminho-de-ferro,
que tão profundamente marcou a paisagem próxima.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Dois documentos de
1876<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Conserva-se no Arquivo Municipal um documento com o título
de “Instituições de Piedade” que é o “questionário a que refere a Portaria do
Ministério do Reino de 12 de Junho de 1876”, e diz respeito à Confraria de
Nossa Senhora da Lapa e São Bartolomeu<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Consta das “condições de existência” e “fundo”. Algumas das respostas do
questionário às condições de existência têm para aqui interesse. Assim, os
estatutos teriam sido renovados em 11 de Novembro de 1866, a “igreja em que se
acha erecta” era a “Capela de Nossa Senhora da Lapa” e o número de irmãos de
ambos os sexos cifrava-se em 250. Esta informação sobre os irmãos é relevante:
eram poucos e seriam principalmente das proximidades. Os moradores da Vila
dedicar-se-iam às várias confrarias da Matriz e capelas, à Misericórdia. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Um segundo documento, de 21 de Abril de 1877, informa que
“José de Nascimento Castelo<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
juiz da Confraria de Nossa Senhora da Lapa”, solicitava o prolongamento do
prazo para organizar as contas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhElY0apw7a5o6ph7aPckYIo_4dSdzwSDLamlOvBlLrRpN2H9PwMQpHL0E83GeGdm2uMVOPBoxzJ-tN0Uqm-mh5BfktSiddBn-LeDQTIVTrnZPbP6kvL3IhXMqeW17Qka5GMf7RT8nJAa4/s1600/P3240210+c.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="486" data-original-width="1600" height="97" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhElY0apw7a5o6ph7aPckYIo_4dSdzwSDLamlOvBlLrRpN2H9PwMQpHL0E83GeGdm2uMVOPBoxzJ-tN0Uqm-mh5BfktSiddBn-LeDQTIVTrnZPbP6kvL3IhXMqeW17Qka5GMf7RT8nJAa4/s320/P3240210+c.JPG" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Início da
“Tabela de Legados estabelecidos em benefício de Nossa Senhora da Lapa”.<b><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd058PQbfLeAB2X_kz74PUamE3JBSuSkN9GAcUiL9X8KY039DnvqiiXYc-gT1Nm6Ph-WmAaZ5kZF9bEUiP8Dc-A2avGt25ndUEjyTtxVAW9Obmd5b_fWMn-VwB9fi-sScMbW9tkAIXO2Q/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="866" data-original-width="658" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd058PQbfLeAB2X_kz74PUamE3JBSuSkN9GAcUiL9X8KY039DnvqiiXYc-gT1Nm6Ph-WmAaZ5kZF9bEUiP8Dc-A2avGt25ndUEjyTtxVAW9Obmd5b_fWMn-VwB9fi-sScMbW9tkAIXO2Q/s320/1.jpg" width="243" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Retrato de Manuel de Jesus Castelo na Misericórdia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgg9seKtRgQok0ASXoXZhK7EQtoWQxX_27bcN4YWdDRqqkZ4qHLt0jJw3sulG-ANaFr_aXGU4AY9jO-K0SxBKXillo3rj93vrJ4CZJcCl21JOKNA-jBWHeyAbOxB9QnwthIJBE_OrD0B30/s1600/mar+carn.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="782" data-original-width="579" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgg9seKtRgQok0ASXoXZhK7EQtoWQxX_27bcN4YWdDRqqkZ4qHLt0jJw3sulG-ANaFr_aXGU4AY9jO-K0SxBKXillo3rj93vrJ4CZJcCl21JOKNA-jBWHeyAbOxB9QnwthIJBE_OrD0B30/s320/mar+carn.jpg" width="236" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Retrato da esposa de
Manuel de Jesus Castelo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpc4M5YhSXf05akbwz8C24viIDxyMffqDiOIrTF2nsSs3SLvExGgv2TA0I3ilg-fJwhfIJmzw1fbTfHUj4Xx5EDnmI-TJud63V8CkBQrU2ui3PVKG16fMs8pcez01QWNN7JhANluVVPFk/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="842" data-original-width="650" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpc4M5YhSXf05akbwz8C24viIDxyMffqDiOIrTF2nsSs3SLvExGgv2TA0I3ilg-fJwhfIJmzw1fbTfHUj4Xx5EDnmI-TJud63V8CkBQrU2ui3PVKG16fMs8pcez01QWNN7JhANluVVPFk/s320/4.jpg" width="247" /></a></div>
<br /></div>
<div align="left" class="MsoCaption">
Retrato de Maria Rosa
Joaquina.<span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXxld-bIf1yhFAtZLfF_i7dm0XXu3TNgpDmK1YRDeaupYtkaGn5AK-Fw3__nfIvGXInjirvM9q6AA7UAbavhPaGFXTkQgth1pw0afZL-whhHsb90Ybb34MtiSuUUkpKZvyXrWeUOHESQk/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="836" data-original-width="608" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXxld-bIf1yhFAtZLfF_i7dm0XXu3TNgpDmK1YRDeaupYtkaGn5AK-Fw3__nfIvGXInjirvM9q6AA7UAbavhPaGFXTkQgth1pw0afZL-whhHsb90Ybb34MtiSuUUkpKZvyXrWeUOHESQk/s320/5.jpg" width="232" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Retrato de José António Dias.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx5jbMOhuZJJ9HrMolbpDw2y1P6cfnEFKBaWaWwPIByrk15ucWLWiGmysHIV4TYeLsIVE7MA3PVxPMMJ_dYj0g2yT298JobEbY2LV9X04o98WB8jvaTctSYLYF8UsiP1p1Wf_Ys-hqBdw/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="894" data-original-width="691" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx5jbMOhuZJJ9HrMolbpDw2y1P6cfnEFKBaWaWwPIByrk15ucWLWiGmysHIV4TYeLsIVE7MA3PVxPMMJ_dYj0g2yT298JobEbY2LV9X04o98WB8jvaTctSYLYF8UsiP1p1Wf_Ys-hqBdw/s320/2.jpg" width="247" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Retrato de António José Dias.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoCaption">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIx0v5vDanRzWZvE9sQwsm_zH8drMQSHjakdy-EeGnvzRRtvCKwYYhCo3hS-8f70_Qq-tNc-e9yyRM0DOTx6aJ5EJktPJrnf9mDS2_oA5CTFsWogEJkPVo8aVfBkcx4uLzfkojXAV0eDo/s1600/P3240195.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="946" data-original-width="1600" height="189" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIx0v5vDanRzWZvE9sQwsm_zH8drMQSHjakdy-EeGnvzRRtvCKwYYhCo3hS-8f70_Qq-tNc-e9yyRM0DOTx6aJ5EJktPJrnf9mDS2_oA5CTFsWogEJkPVo8aVfBkcx4uLzfkojXAV0eDo/s320/P3240195.JPG" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Cartela da casa que foi de Camilo Araújo, com data de 1903.
Em frente à Igreja da Lapa construiu-se uma casa nova em 1908.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4sHvSpEr3rKvbCuMst2-HhdInoUaJXPIvn09LSiiJ3eJnowyvKo2wVOQRM2FoP8I2bdD9qtRprfFZKN_W9ix2jr2zf9AXiRqpvyxQUorB8yKWVNz7BCWWiLIsJ9SpKXC072BOPBpvuOg/s1600/edital.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1044" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4sHvSpEr3rKvbCuMst2-HhdInoUaJXPIvn09LSiiJ3eJnowyvKo2wVOQRM2FoP8I2bdD9qtRprfFZKN_W9ix2jr2zf9AXiRqpvyxQUorB8yKWVNz7BCWWiLIsJ9SpKXC072BOPBpvuOg/s320/edital.JPG" width="208" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoCaption">
Edital de 1873 que anuncia a arrematação das obras da
construção da estrada de Vila do Conde à ponte d’Este, que naturalmente incluía
a Rua da Lapa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> A
designação de padre aplicar-se-ia então mesmo a clérigos de ordens menores.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> Um
documento da Misericórdia dá-o como residente na “Rua de São Bartolomeu”.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Oficialmente ainda era assim, como é hoje, que se designava a Confraria.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3156143172119702063#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a> José
de Nascimento Castelo era sobrinho de Manuel de Jesus Castelo e viveu próximo
dos Bem-Guiados, mas viveu também na Praça Nova.<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-79690834686266083782015-05-13T03:49:00.001-07:002018-01-23T02:35:08.833-08:00Procissão de Velas na véspera de 13 de Maio<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Como em anos anteriores, também na véspera do 13 de Maio deste
ano teve lugar uma concorrida Procissão de Velas da Matriz para a Igreja da
Lapa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Vários aspectos nos impressionaram nesta manifestação de devoção
mariana; salientamos dois, a preparação dos tapetes e a procissão propriamente
dita. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Na preparação dos tapetes empenharam-se três ou quatro
equipas: uma que os trouxe da igreja até ao entroncamento da rua que vem do estádio,
outra que se ocupou da parte entre a linha do metro e o início dos jardins da
Casa da Memória e a terceira que levou o tapete até ao Largo de São Sebastião.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Escusado é dizer que estes tapetes supõem um aturado trabalho
antecedente de quase quinze dias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O resultado é óptimo. Nas extremidades foram preparadas artísticas
composições em louvor da Mãe de Deus, como se pode verificar abaixo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">À procissão acorreu cerca dum milhar de pessoas, ao que nos
dizem mais que nos anos anteriores, num manifestação muito genuinamente religiosa,
sem pretensões turísticas nem foguetes.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">De salientar também a colaboração das autoridades locais, promovendo
uma melhor iluminação, o policiamento e no final a limpeza da rua</span>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi4Kc9-2YwRnf7lr6fDy0j3bhOmGDX9Xn5wZ6R0PIcXgXNg5vDs6UH6BO-zc_-fJqg888BA2Sf5Qnf5-AGzfgdqbRSgTfdDPi2zHShjVVkL5Dj1sLgWJ-XUhnY9ETHDT0XSsqbBmdGTTg/s1600/P5120399+b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="302" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi4Kc9-2YwRnf7lr6fDy0j3bhOmGDX9Xn5wZ6R0PIcXgXNg5vDs6UH6BO-zc_-fJqg888BA2Sf5Qnf5-AGzfgdqbRSgTfdDPi2zHShjVVkL5Dj1sLgWJ-XUhnY9ETHDT0XSsqbBmdGTTg/s400/P5120399+b.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Artística c</b><b>omposição floral com motivos marianos junto ao escadório da Lapa.</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAkJzL8qDddwQK2Egw6QFXPenpXtYruynxrwsJlr-oe6RS8hPtjYRviDqfi93elRaN5ALRQwy3E9UI_XYRUHjSUcvUUhQP06kbw7kkVJT5UWkBBgJrlHDmdE0zAAdvQhnA5Kjh3hQqP_k/s1600/P5120398+b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAkJzL8qDddwQK2Egw6QFXPenpXtYruynxrwsJlr-oe6RS8hPtjYRviDqfi93elRaN5ALRQwy3E9UI_XYRUHjSUcvUUhQP06kbw7kkVJT5UWkBBgJrlHDmdE0zAAdvQhnA5Kjh3hQqP_k/s400/P5120398+b.jpg" width="293" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<b>Aspecto da confecção dos tapetes.</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmXZMxD549eZ4ds6oRKenq2UeDrRzSTsqu-1NSpNZQHnXDXVTb39eeoO-KoMOAIK7cLJOP4o62-EmKD0BOFn1O6g3XiMWJRYAGefjNgo6G72z7S9P0ABkv-1NbT77ZxOmTC7IGGaUayFY/s1600/P5120415+b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmXZMxD549eZ4ds6oRKenq2UeDrRzSTsqu-1NSpNZQHnXDXVTb39eeoO-KoMOAIK7cLJOP4o62-EmKD0BOFn1O6g3XiMWJRYAGefjNgo6G72z7S9P0ABkv-1NbT77ZxOmTC7IGGaUayFY/s320/P5120415+b.jpg" width="295" /></a></div>
<br />
<b>Reinício do tapete a seguir à linha do metro, para poente.</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7UhvL3pRDUe4fh3mB1bJaek46Va9WlrmNw_zXwwgj99ACRA1sZHeEbr-W-QoqmeF4EKlyGarJatry3nvKHXnxwRRwBl-kdBRNq7AApnPrvxnBgi0YFhiR88fc4OH7fBHxkO9Q_bdXMBM/s1600/P5120411.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7UhvL3pRDUe4fh3mB1bJaek46Va9WlrmNw_zXwwgj99ACRA1sZHeEbr-W-QoqmeF4EKlyGarJatry3nvKHXnxwRRwBl-kdBRNq7AApnPrvxnBgi0YFhiR88fc4OH7fBHxkO9Q_bdXMBM/s320/P5120411.JPG" width="290" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Início dos tapetes no largo de São Sebastião. Composição também com temas marianos.</b></div>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-75096964087656953212015-03-19T16:30:00.007-07:002018-01-18T14:25:53.896-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-18028773572103950212015-03-19T16:29:00.007-07:002018-01-23T02:32:37.151-08:00<h2 style="text-align: justify;">
<br /></h2>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-5032902794534832622015-03-19T16:29:00.005-07:002015-04-17T00:02:41.778-07:00Santos representados na Igreja da Lapa<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
Na Igreja da Lapa há imagens de muitos santos. De São
Bartolomeu, há cinco imagens, de Nossa Senhora da Lapa três; de São Lourenço
pelo menos três, etc. Isso tem a ver com devoções populares que nela se
sucederam. Vamos colocar aqui uma breve nota sobre cada um.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Para os mais antigos, é conveniente ver o que diz a <i><a href="https://archive.org/details/flossanctorumhis00rosa">Flos Sanctorum</a></i>.
Apesar do título latino, este livro, a Flor dos Santos, está em português e foi
usado durante séculos como fonte de inspiração para os pregadores.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Bartolomeu</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O nome Bartolomeu deve significar filho de Ptolomeu. Crê-se
que com ele se refere o apóstolo Natanael, a quem Jesus elogiou ao dirigir-se-lhe
pela primeira vez. Como os outros apóstolos, foi martirizado. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A imagem mais antiga deste apóstolo e mártir na Igreja da
Lapa deve ser a que se guarda no cofre e que teve um relicário ao peito<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Lapa/Senhora%20da%20Lapa.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>;
a da sacristia, ao lado norte do retábulo, sugere-se que ele foi crucificado; a
do retábulo-mor da igreja assemelha-se à do cofre, sem referência ao tipo de
martírio; a do retábulo lateral a ele dedicado tem a originalidade de o
apresentar como vencedor do demónio (ao modo de Nossa Senhora da Conceição ou
do arcanjo São Miguel), o que também se verifica na que está sobre a fachada da
igreja. Mas a vitória de São Bartolomeu sobre o demónio deve ser a mesma de
todos os santos (os inimigos da alma, recorde-se, são mundo, <i>demónio</i> e carne). O resto deve ser
apenas lenda.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Lourenço</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Diácono romano de origem hispânica e do século III, queimado
vivo sobre um braseiro, o seu nome consta no cânon romano da missa e no
documento seiscentista das indulgências concedidas à Capela de São Bartolomeu. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Nossa Senhora da Lapa</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sobre esta invocação de Nossa Senhora, não temos nada a acrescentar
ao que dissemos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Sagrado Coração de
Jesus</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A devoção ao <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sagrado_Cora%C3%A7%C3%A3o_de_Jesus">Sagrado
Coração de Jesus</a> foi intensamente divulgada principalmente em finais do
século XIX, princípios do XX. Em 1899 o Papa Leão XIII fez a Consagração do mundo
ao Sagrado Coração de Jesus (a pedido duma religiosa alemã então residente no
Porto, a Beata <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_do_Divino_Cora%C3%A7%C3%A3o">Maria do
Divino Coração</a>). A basílica poveira desta invocação começou a ser
construída em finais do século XIX. Foi sem dúvida esta divulgação que levou a
que se colocasse na igreja a respectiva imagem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Nossa Senhora das
Neves</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Consta que houve na Lapa a imagem de Nossa Senhora das
Neves. Esta devoção teve origem em Roma, na Basílica de Santa Maria Maior, e é
assim muito antiga. Há capelas dedicadas a esta invocação em Bagunte e na
Azurara. Não se conserva hoje na Igreja da Lapa a respectiva imagem. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Nossa Senhora de
Fátima<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
A invocação de Nossa Senhora de Fátima teve origem nas
aparições aos Pastorinhos na Cova de Iria, em 1917. Esta devoção tende a sobrepor-se
a outras invocações marianas antigas, o que se está a passar também na Lapa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>António de Lisboa</b>
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Importante santo português franciscano cuja acção teve grande
impacto em todo o mundo cristão. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Nascido em Lisboa num dos anos finais do século XII, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Ant%C3%B3nio_de_Lisboa">Santo António</a>
faleceu em Pádua, em 13 de Junho de 1231. Primeiramente foi frade agostinho no
Convento de São Vicente de Fora, em Lisboa, indo posteriormente para o Convento
de Santa Cruz, em Coimbra, onde aprofundou os seus estudos religiosos através
da leitura da Bíblia e da literatura patrística, científica e clássica.
Tornou-se franciscano em 1220 e viajou muito, vivendo inicialmente em Portugal,
depois na Itália e na França. No ano de 1221 fez parte do Capítulo Geral da
Ordem de Assis, a convite do próprio São Francisco, o fundador, que o convidou
também a pregar contra os albigenses em França. Foi transferido depois para
Bolonha e de seguida para Pádua, onde morreu aos 36 (ou 40) anos. Foi o
primeiro doutor da Igreja da ordem franciscana.<s><o:p></o:p></s></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Águeda<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
Natural de Sicília, Águeda ou Ágata é uma das muitas santas
e santos mártires das perseguições romanas anteriores à liberdade concedida à
Igreja por Constantino. Era mencionada no cânon romano da missa. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>André<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
O apóstolo Santo André era irmão de São Pedro, natural de
Betsaida, junto ao mar da Galileia, não longe de Cafarnaum, a cidade próxima da
estrada de Damasco donde a pregação de Jesus irradiou para a Galileia. Terá sido
discípulo de São João Baptista. Nos Evangelhos é repetidamente referido, o que
o mostra como um dos mais destacados do grupo dos Doze. Foi martirizado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Apolónia</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Natural de Alexandrina, no Egipto, Santa Apolónia foi vítima
de terrível perseguição que suportou heroicamente. Era invocada contra as dores
de dentes. <s><o:p></o:p></s></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Ifigénia<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
Santa Ifigénia é uma santa etíope dos primeiros tempos do
cristianismo, que a lenda relaciona com São Mateus. Não conhecemos a sua imagem
na Igreja da Lapa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Inácio<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
Presumimos que o Santo Inácio que se venerou na Igreja da
Lapa fosse Santo Inácio de Antioquia, um importante santo dos começos do
cristianismo, que deixou escritos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Luzia</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Santa Luzia, natural de Siracusa, Sicília, é, como as Santas
Águeda e Apolónia, também uma virgem e mártir cristã dos anos finais da
perseguição romana contra a Igreja. É padroeira dos oftalmologistas e daqueles
que têm problemas de visão. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Marcos</b> <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Discípulo de São Pedro e de São Paulo, autor do segundo
evangelho. Na realidade o Evangelho de São Marcos é anterior ao de São Mateus,
já que foi São Marcos o autor da primeira narrativa evangélica.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Matias</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
De acordo com os Actos dos Apóstolos, São Matias foi
escolhido para ocupar o lugar do traidor e suicida Judas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Na base da imagem que se encontra na Igreja da Lapa um
letreiro latino tem estas duas palavras <i>Mathias
vocor</i>, que significam “sou chamado Matias”.<s><o:p></o:p></s></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Nicolau<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
O bispo São Nicolau terá morrido em 350 na Turquia; ficou conhecido
pela sua caridade e afinidade com as crianças. Devido à sua imensa generosidade
e aos milagres que lhe foram atribuídos, foi canonizado e tornou-se um símbolo
ligado directamente ao nascimento do Menino Jesus. Daí ocorrer associado ao presépio
e à Sagrada Família. São Nicolau é um dos santos mais conhecidos da
cristandade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Ovídio</b> <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Santo Ovídio foi um dos primeiros bispos de Braga; no lugar
de Santo Ovídio dos arredores do Porto foi construída a Igreja da Lapa daquela
cidade. Popularmente chamavam-lhe Santo <i>Ouvido</i>
e por isso invocavam-no para males de audição. Santo bastante popular, havia em
Santa Clara uma pintura que o representava.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Sagrada Família<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
A Sagrada Família é a família de Jesus; compunha-se do
próprio Cristo menino e jovem, sua Mãe Maria e São José. Tudo nesta família
única é misterioso: um menino e jovem que é Deus Connosco, sua Mãe, cheia de
graça, santíssima, e um homem mais comum, justo, São José, socialmente o esteio
do pequeno grupo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Na Igreja da Lapa, a devoção à Sagrada Família é
consequência da associação recente da Senhora da Lapa à Lapa de Belém.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Terezinha</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Teresa_de_Lisieux">Santa
Terezinha</a> (1873-1897) era francesa, fez-se carmelita com 16 anos e morreu
aos 24. Deixou um livro,<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #252525; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"> </span></span><i><span style="background: white; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">História de uma Alma</span></i>, que lhe
deu a celebridade. Foi declarada doutora da Igreja, um título só atribuído a mais
três santas. Canonizada em 1925, foi desde logo muito popular em toda a
cristandade.<o:p></o:p></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Desktop/Lapa/Senhora%20da%20Lapa.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> O relicário era importante
sobretudo em tempos medievais. Conhecem-se referências antigas a relíquias nos
mosteiros de Rates e São Simão da
Junqueira.<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
</div>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-10253053202422221352015-03-19T16:29:00.003-07:002015-04-07T14:00:11.537-07:00Autores que escreveram sobre a Lapa<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<span style="color: #0b5394; font-size: large;"><b>A Senhora da Lapa em Vila do Conde</b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br />
A devoção à Senhora da Lapa em Vila do Conde começou pelos anos de 1720/1730 na Capela de São Bartolomeu, onde está hoje a Igreja da Lapa. Desconhece-se quem a promoveu, mas conserva-se na sacristia um velho retábulo joanino de altar-mor que deve vir desse tempo.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcIp5TwoAV0jzubqowQr_CRKOqeklTUxdjZU03iA6Rkb78UlNRPpU3uaYzAwhn-1tjRkd16sZp3FkZpFsxVFPYZdXpe7fOUFZa4TkujBEDene_qwC3ZB-KcfF_nfpvSKXuox04qBoIVow/s1600/P2250150.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcIp5TwoAV0jzubqowQr_CRKOqeklTUxdjZU03iA6Rkb78UlNRPpU3uaYzAwhn-1tjRkd16sZp3FkZpFsxVFPYZdXpe7fOUFZa4TkujBEDene_qwC3ZB-KcfF_nfpvSKXuox04qBoIVow/s1600/P2250150.JPG" height="320" width="177" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b>Coluna joanina do retábulo do altar-mor que se guarda na sacristia da Igreja da Lapa de Vila do Conde e que deve remontar ao tempo em que na antiga capela se acrescentou a devoção à Senhora da Lapa à tradicional de São Bartolomeu.</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both;">
<br /></div>
</div>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3156143172119702063.post-44393128163267362322015-03-19T16:28:00.007-07:002015-05-04T02:24:34.129-07:00Breve antologia poética mariana<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Uma
página dedicada a um templo mariano dificilmente se aceita sem alguns textos
que exaltem a sublime figura da Mãe de Deus. Colocamos por isso aqui uma breve
antologia de poesia a Ela dedicada.</span></i></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">MAGNIFICAT!<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">Magnificat<i> é a palavra com que começa em latim o canto </i></span><i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">de louvor e de gratidão de
Nossa Senhora aquando da sua visita a Santa Isabel, que a declarou
“bendita entre as mulheres”, isto é, a mais notável e a mais santa entre as
mulheres. Vem no Evangelho de São Lucas, o mais
mariano dos quatro evangelistas.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">A
versão que se segue foi versificada, rimada e ligeiramente acrescentada por Augusto
Gil</span></i><!--[if supportFields]><i style='mso-bidi-font-style:normal'><span
style='font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"'><span
style='mso-element:field-begin'></span> XE "Augusto Gil" </span></i><![endif]--><!--[if supportFields]><i
style='mso-bidi-font-style:normal'><span style='font-size:12.0pt;font-family:
"Times New Roman","serif"'><span style='mso-element:field-end'></span></span></i><![endif]--><i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"> (1873-1929). <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">A
minha alma engrandece, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Glorifica
o Senhor!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E
todo o meu espírito estremece <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E
crepita e exulta e resplandece <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Em
Deus, meu Salvador!...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Beijo
de orvalho na folhinha de erva <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Baixou
Deus da vertigem do infinito <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Por
sobre Mim, sua humilhada serva, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">A
eterna luz do seu olhar bendito...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E
fiquei para sempre iluminada <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Nesse
piedoso e límpido clarão! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E
hão-de chamar-Me bem-aventurada <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Sempre,
de geração em geração...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">O
seu nome é sagrado:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E
o seu poder que nunca terá fim<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">(Por
ter em mim poisado)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Não
vistas maravilhas fez em mim!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E
aos que o temem e a quem dele implora<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Misericórdia
e protecção clemente,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Deus
encaminha-os — pela vida fora<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E
sempre, eternamente...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Manifestou
a força do seu braço<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E
aos vãos, aos de orgulhoso pensamento, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Desfê-los
— como a poeira, pelo espaço, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">No
turbilhão do vento... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Derruiu
tronos e reis — pô-los de rastros... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"> — E aos humildes ergueu-os para os astros! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Deixou
os ricos sem riqueza e nome<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">—
E encheu de bens os que sentiam fome!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Com
desvelado e carinhoso amor, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Protegeu
Israel, seu servidor,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Marcou-lhe
os firmes passos com sinais<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">De
Bênçãos e clemência,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Conforme
prometera a nossos pais,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">A
Abraão e a toda a sua descendência...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E
eis que será perpetuamente assim<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Nos
séculos dos séculos sem fim!...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">AVE MARIA<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">A
Ave-Maria é constituída por duas partes: na primeira louva-se a Cheia de Graça,
na segunda pede-se a sua intercessão.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">A primeira
parte é constituída por frases retiradas do Evangelho de São Lucas. Sem ele,
não teríamos a Ave-Maria.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Ave
Maria, cheia de graça,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">O
Senhor é convosco!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Bendita
sois Vós entre as mulheres,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E
bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Santa
Maria, Mãe de Deus,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Rogai
por nós, pecadores, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Agora
e na hora da nossa morte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Amém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">SALVE RAINHA<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">A
Salve Rainha é a mais famosa oração a Nossa Senhora depois do Ave-Maria. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Parece
ter sido sugerida pela própria Mãe de Deus à alma que a recitou pela primeira
vez.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Salve
Rainha, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Mãe
misericordiosa, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Vida,
doçura e esperança nossa, salve! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">A
vós bradamos os degredados filhos de Eva, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">A
vós suspiramos, gemendo e chorando <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Neste
vale de lágrimas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Eia,
pois, advogada nossa, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Esses
vossos olhos misericordiosos a nós volvei <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E,
depois deste desterro, nos mostrai Jesus, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">O
bendito fruto de vosso ventre, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Ó
clemente, ó piedosa, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Ó
doce sempre Virgem Maria!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Rogai
por nós, Santa Mãe de Deus,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Para
que sejamos dignos das promessas de Cristo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Amém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">À VIRGEM
SANTÍSSIMA<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Cheia de Graça,
Mãe de Misericórdia <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Antero
de Quental</span></i><!--[if supportFields]><i style='mso-bidi-font-style:normal'><span
style='font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"'><span
style='mso-element:field-begin'></span> XE "Antero de Quental" </span></i><![endif]--><!--[if supportFields]><i
style='mso-bidi-font-style:normal'><span style='font-size:12.0pt;font-family:
"Times New Roman","serif"'><span style='mso-element:field-end'></span></span></i><![endif]--><i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"> (Ponta
Delgada, 18 de Abril de 1842 - 11 de Setembro de 1891) é autor de alguns dos
melhores sonetos de temática religiosa da nossa literatura e também dos mais
conhecidos. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">À Virgem Santíssima<i> foi escrito em Vila do Conde e é por isso que aqui se coloca. A Praça
Velha, onde viveu o poeta, fica quase em linha recta para a Senhora da Lapa.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Num
sonho todo feito de incerteza, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">De
nocturna e indizível ansiedade, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">É
que eu vi teu olhar de piedade <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E
(mais que piedade) de tristeza... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Não
era o vulgar brilho da beleza <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Nem
o ardor banal da mocidade... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Era
outra luz, era outra suavidade, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Que
até nem sei se as há na natureza... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Um
místico sofrer... uma ventura <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Feita
só do perdão, só da ternura <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E
da paz da nossa hora derradeira... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Ó
visão, visão triste e piedosa! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Fita-me
assim calada, assim chorosa... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E
deixa-me sonhar a vida inteira!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<strong><span style="font-size: 12.0pt;">TU ÉS O SOL NUM
NOVO AMANHECER!<o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Hoje
continua-se a fazer boa poesia religiosa. Este poema e a sua música surgem <a href="http://cancioneiro.paroquia-sppv.pt/virgem-maria-e-santos/tu-es-o-sol-13.02.html">aqui</a>
atribuídos a José Alberto e António Ferreira. A primeira quadra é refrão.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<strong><span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Tu és o Sol num novo amanhecer,<o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<strong><span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Tu és farol, a vida a renascer!<o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<strong><span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Maria, Maria! És poema de amor,<o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<strong><span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">És minha mãe e mãe do meu Senhor!<o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Hoje
quero acordar<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E
ter-Te junto a mim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Quero
hoje cantar<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Poemas
de amor sem fim!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Com
a luz do teu olhar,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Vou
semear a esp'rança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Pelo
tempo vou voar<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Sentir
que sou criança!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Teu
carinho e ternura<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Abraçam
todo o mundo;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Teu
sorriso de candura<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Certeza
de amor profundo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Teu
rosto puro e lindo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">É
luz de um novo dia;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">É
espaço infinito<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">De
amor, paz e alegria!<o:p></o:p></span></div>
José Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12998775423781902109noreply@blogger.com0